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30/05/2025

Entretenimento

Suposta carta psicografada sobre Silvio Santos gera revolta da comunidade judaica

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A fé do apresentador Silvio Santos — falecido em 17 de agosto de 2024, aos 93 anos — gerou polêmica nas redes sociais e resultou em uma nota de repúdio da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp). Isso porque uma suposta carta psicografada sugere que, por ser judeu e não acreditar em Jesus como Messias, o espírito do apresentador estaria em sofrimento no plano espiritual.

O documento, divulgado pelo canal O Espiritualista, no YouTube, traz a seguinte declaração atribuída ao apresentador Chacrinha: “Para minha tristeza, vi-o [Silvio Santos] acorrentado, submetido a torturas por espíritos zombeteiros e cruéis. Um espetáculo de sofrimento que rasgou minha alegria.”

Ainda segundo o texto, “Silvio, um homem de grande inteligência e força em sua trajetória terrena, foi lançado no umbral devido à sua resistência em reconhecer Jesus Cristo como seu Salvador.”

A Fisesp reagiu imediatamente. Em nota, afirmou que o conteúdo traz “referências ofensivas ao comunicador Silvio Santos e à sua origem judaica”. A entidade também disse que a mensagem “reforça estereótipos perigosos e promove intolerância religiosa, ao sugerir que a crença de uma pessoa possa ser motivo de dor ou castigo espiritual”.

A federação destacou ainda que “nenhuma religião deve ser usada para atacar, julgar ou diminuir outra” e que “o respeito à diversidade religiosa é um valor essencial em uma sociedade plural e democrática”.

Leia a nota na íntegra:

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) expressa sua preocupação e indignação diante da divulgação de uma suposta carta psicografada, publicada pelo canal “O Espiritualista”, que traz referências ofensivas ao comunicador Silvio Santos e à sua origem judaica.

Na mensagem, afirma-se que Silvio Santos estaria em sofrimento espiritual por não reconhecer Jesus como Salvador, associando essa ideia à sua fé judaica. Esse tipo de conteúdo reforça estereótipos perigosos e promove intolerância religiosa, ao sugerir que a crença de uma pessoa possa ser motivo de dor ou castigo espiritual.

Mesmo reconhecendo a liberdade de crença e de expressão espiritual, é fundamental lembrar que nenhuma religião deve ser usada para atacar, julgar ou diminuir outra. O respeito à diversidade religiosa é um valor essencial em uma sociedade plural e democrática.

A FISESP reafirma seu compromisso com a defesa do respeito mútuo entre todas as tradições de fé, com o diálogo inter-religioso e com o combate a qualquer forma de discriminação, especialmente quando ela se disfarça de espiritualidade.

Redação Exibir Gospel