Para os poderosos: privilégios, para o povo: um auxílio emergencial que mal dá para pagar o gás de cozinha. É assim que o Brasil se encontra após o ato publicado pelo Ministério da Economia que autoriza um seleto grupo de servidores públicos a furar o teto constitucional de R$ 39,2 mil, beneficiando, entre outros, ministros que acumulam às suas remunerações as aposentadorias de suas carreiras.
O povo brasileiro cansou de ser enganado. Ficou evidente que o discurso de crise orçamentária por parte do Ministério da Economia só se aplica na hora de beneficiar a população. Já na hora de sustentar e ampliar privilégios, o senhor Paulo Guedes desconversa.
À imprensa o Ministro não quis comentar seu ato de bondade para com a elite do funcionalismo público. Alega que a regra vale para todos. No entanto, a expressão “todos”, na alegação do senhor Ministro, não inclui o povo brasileiro.
Como fica nossa população diante desse escárnio? De acordo com o IBGE, temos 14,4 milhões de desempregados no país. A pobreza salta aos olhos quando a encontramos implacável nas esquinas, nas calçadas ou embaixo de pontes, onde se aglomeram moradores de ruas. Para esses a medida adotada por Guedes é diferente, é morosa é ineficaz, é insensível.
Repudio a quebra do teto constitucional e cobro coerência do Ministério da Economia, também sensibilidade e ações em favor dos mais vulneráveis diante da recessão sem precedentes que o brasileiro enfrenta no cenário atual.
José Nelto
Vice-líder da Maioria repudia quebra do teto constitucional promovida pelo Ministério da Economia