A vila cristã de Taybeh, na Cisjordânia ocupada, foi alvo de um ataque promovido por colonos israelenses mascarados na madrugada desta segunda-feira (28). Três carros foram incendiados e muros tiveram frases de ódio pichadas.
Mensagens como “Fora árabes ou a morte” e “Sua casa irá se arrepender” foram deixadas no local, escritas em hebraico. A ação ocorreu por volta das 2h30, segundo moradores.
Logo após o ataque, tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) entraram no vilarejo com diversos veículos militares, segundo a agência palestina Wafa.
A ação gerou reações de autoridades internacionais. O vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, criticou o ataque e disse que os colonos “cruzaram todos os limites”. Ele afirmou ainda que pretende discutir com a União Europeia possíveis sanções contra grupos violentos.
“Israel tem obrigação de proteger cristãos e muçulmanos da Cisjordânia”, escreveu Tajani na rede X, após conversar com o cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém.
O Fórum dos Cristãos da Terra Santa classificou a ação como terrorismo e cobrou uma investigação internacional. “Queremos justiça e ações contra os que incitam o ódio”, afirmou a entidade.
Há menos de duas semanas, no dia 17 de julho, a única paróquia católica da Faixa de Gaza também foi alvo de uma ação militar israelense, deixando três mortos e dez feridos, entre eles o padre argentino Gabriel Romanelli.
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