Ilustração do cerco dos babilônios em Jerusalém / Foto:
Wikimedia Commons)
ISAREL – A conquista babilônica de Jerusalém há mais de
2.500 anos foi um dos principais momentos da história bíblica, representando o
julgamento de Deus, mas também sua graça e misericórdia.
Agora, arqueólogos escavando na Jerusalém moderna dizem que
descobriram evidências arqueológicas “claras” afirmando o relato descrito em 2
Reis 25 . O material catalogado inclui pontas de flecha e camadas de cinzas de
combustão, além de fragmentos de cerâmica, lâmpadas, joias de ouro, prata e
outros materiais datados da Idade do Ferro.
A descoberta é “uma clara evidência da conquista da cidade
pela Babilônia”, datando de 587/586 aC, de acordo com um comunicado de imprensa
da UNC Charlotte. Significativamente, a cerâmica e as lâmpadas foram
encontradas lado a lado com evidências do cerco babilônico “representado pela
madeira queimada e cinzas”, disse o comunicado à imprensa.
Os itens foram desenterrados na localização geográfica que o
cerco teria ocorrido. É a segunda grande descoberta da equipe que escava Sião
em 2019 – coordenada por Shimon Gibson (UNC Charlotte), Rafi Lewis (Ashkelon
Academic College) e James Tabor (UNC) – que também encontraram vestígios da
Primeira Cruzada na região.
A novidade instigou os pesquisadores. Isso porque nunca
foram encontrados depósitos materiais babilônicos e hebraicos lado a lado de
tamanhas proporções. Há também evidências do cerco gerado pela Babilônia contra
a cidade. “Nós sabemos onde a antiga linha de fortificação existiu”, observou
Gibson, fortalecendo a hipótese dos pesquisadores contra explicações anteriores
à descoberta. Não se tratando de uma área de despejo ou uma necrópole, a
concentração do material encontrado, é explicada pela guerra ocorrida nas
fronteiras de Jerusalém.
A conquista babilônica ocorreu cerca de quatro séculos após
os reinados do rei Davi e do rei Salomão e durante um período em que o povo de
Judá rejeitou a Deus e adorou falsos deuses. Os babilônios incendiaram o templo
e levaram o povo de Judá para o cativeiro na Babilônia, onde permaneceram por
70 anos.
O livro de Lamentações registra o profeta Jeremias chorando
pela destruição de Jerusalém, mas aguardando o momento em que Deus levantaria
sua mão. “O Senhor não rejeitará para sempre. … Mas, embora cause tristeza,
ainda assim terá compaixão” (Lamentações 3: 31-32). Jeremias também se alegrou
de que Deus não destruiu completamente o povo de Judá. Deus foi misericordioso
(Lamentações 3: 22-23).
Nabucodonosor foi o rei da Babilônia durante a conquista de
Jerusalém.
*Com informações de Christian Headlines