Membros ultraortodoxos do parlamento israelense apresentaram uma projeto de lei que tem como objetivo criminalizar o evangelismo, tornando proibido fazer o proselitismo religioso, isto é, apresentar uma nova religião para quem já tem uma fé.
O texto fala sobre criminalizar dar algo de valor para persuadir alguém a mudar de religião e fazer proselitismo a menores de 18 anos.
Também proíbe persuadir uma pessoa, diretamente, digitalmente, por mala direta ou online, a se converter à sua religião. A pena proposta é de um ano e se a vítima for menor de 18 anos a pena será de dois anos de prisão.
Os autores do projeto, Knesset Moshe Gafni e Yaakov Asher, fazem parte da coalizão de governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O texto fala ainda sobre ser destinado principalmente aos cristãos que, segundo os legisladores, chegam a oferecer presentes em troca da conversão.
“Nos últimos tempos, aumentaram as tentativas do corpo missionário principalmente cristão de persuadir as pessoas a se converterem. Às vezes, essas tentativas não implicam a promessa de dinheiro ou material favores e, portanto, não são proibidos pela legislação vigente, mas suas múltiplas consequências negativas, inclusive danos psicológicos, requerem a intervenção do legislador”, explicou o especialista jurídico israelense David Benjamin disse à CBN News.
“O estado judeu foi criado para proteger o povo judeu. Muitos judeus foram perdidos ao longo dos séculos, obviamente por genocídio. Mas também por assimilação, conversão forçada e assim por diante. Portanto, é um assunto muito delicado apontar”, declarou o especialista.
O ex-embaixador geral dos EUA para a liberdade religiosa internacional, Sam Brownback, adverte que isso pode prejudicar Israel.
“Quando você começa a limitar sua liberdade religiosa … em sua nação, isso vai contra a Carta dos Direitos Humanos da ONU que Israel e quase todo o resto do mundo também assinaram. Você tem o direito de praticar sua fé ou mudar sua fé e acho que isso é realmente perigoso para Israel, pois eles têm sido um farol de uma sociedade aberta naquela região.”
Redação /Leiliane Lopes