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30/01/2025

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Canção Nova: Ministério Público pede laicização da Fundação João Paulo II

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ajuizou, na última sexta-feira (24), uma ação civil pública em Cachoeira Paulista (SP), solicitando mudanças na gestão da Fundação João Paulo II, mantenedora da Comunidade Canção Nova. A ação busca “laicizar” a fundação, promovendo sua autonomia administrativa e separando-a da influência direta da comunidade religiosa. O caso gerou preocupação entre os fiéis e mobilizou a liderança da instituição.

Segundo o MP, a medida tem como objetivo garantir práticas de governança alinhadas ao estatuto da fundação, que prevê atividades como radiodifusão, assistência social e promoção de ações educacionais. Em nota, o órgão afirmou que a ação não tem intenção de interferir na fé ou nas atividades evangelizadoras da Canção Nova. No entanto, a iniciativa foi interpretada por membros da comunidade como uma tentativa de descaracterizar a missão da fundação.

Padre Wagner Ferreira, presidente da Comunidade Canção Nova e da Fundação João Paulo II, se manifestou sobre o caso em um vídeo divulgado nas redes sociais. Ele classificou a situação como “delicada” e explicou que a ação foi motivada por uma suposta “ingerência” da comunidade na fundação. “O Ministério Público entendeu que os membros da Canção Nova que fazem parte do Conselho Deliberativo da Fundação João Paulo II estivessem trabalhando para desvirtuar a finalidade da fundação, até mesmo para desvirtuar propriedades da fundação em benefício da comunidade”, disse.

O sacerdote contestou essa interpretação e ressaltou que a Fundação João Paulo II foi criada para sustentar a missão evangelizadora da Canção Nova. Ele destacou que ambas as instituições, apesar de distintas, fazem parte de uma mesma obra. “Padre Jonas Abib presidiu as duas instituições. Portanto, era entendimento comum da Canção Nova de que o presidente da comunidade fosse também presidente da fundação. E assim trabalhamos durante estes anos sem qualquer dificuldade ou conflito”, explicou.

Padre Wagner afirmou que o posicionamento do Ministério Público reflete uma compreensão inadequada da relação entre a fundação e a comunidade. “A Fundação João Paulo II foi instituída para que a Canção Nova pudesse evangelizar pelos meios de comunicação. Anos depois, surgiu a Rede de Desenvolvimento Social. Hoje, tanto a evangelização pelos meios de comunicação quanto a Rede de Desenvolvimento Social constam como objetivos e finalidades no estatuto da fundação”, pontuou.

O sacerdote também destacou que a fundação e a comunidade sempre atuaram em parceria, sem desvio de suas finalidades. Ele assegurou que a instituição possui suporte jurídico para se defender das alegações. “Agora, nós estamos com esse desafio. Temos um excelente suporte jurídico para nos defender diante destas alegações do Ministério Público que estamos completamente em desacordo”, afirmou.

Padre Wagner pediu o apoio e as orações dos fiéis neste momento difícil. Ele ressaltou que a comunidade está unida para enfrentar o desafio e garantir a continuidade da missão evangelizadora idealizada pelo Monsenhor Jonas Abib. “Nós que somos filhos do padre Jonas não podemos permitir que tirem a finalidade de evangelização da Fundação João Paulo II. Estamos unidos, em oração e em ação, para vencer essa batalha”, declarou.

Redação