A agência Artplan divulgou nesta segunda-feira (5) um estudo que analisa o impacto do crescimento evangélico na cultura e nos hábitos de consumo no Brasil. A pesquisa, realizada pela área de creative data da agência, mostra o protagonismo da geração Z entre os jovens evangélicos.
Os adolescentes de 12 a 19 anos já representam 47% da juventude evangélica no país, número 32% maior que a média entre jovens religiosos. Segundo o levantamento, valores como disciplina, bem-estar e fé são centrais para esse público.
O relatório analisou 392 mil conversas públicas e 99 mil conteúdos sobre protestantismo nas redes sociais, além de 3 mil miniaturas de vídeos no TikTok. A pesquisa também identificou mais de 56 mil menções a devocionais digitais só em 2024.
A música gospel teve crescimento de 46% nas plataformas de streaming. Grupos como ‘Legendários’ e projetos como ‘Café com Deus Pai’ demonstram o interesse por conteúdos que unem fé e estilo de vida. Hashtags como #TikTokCristão e #ModaCristã reforçam essa tendência.
Outro dado relevante é que 78% dos evangélicos afirmam estar mais atentos às finanças. A temática aparece com frequência em grupos de Telegram monitorados pela pesquisa.
As igrejas também vêm se transformando. Além dos cultos, muitas oferecem atividades como cafés, festas e eventos esportivos, se tornando espaços de convivência e lazer.
Para Carolina Amorim, head nacional de creative data da Artplan, entender essa mudança é fundamental. “O crescimento evangélico não é apenas religioso. Ele é cultural, comportamental e econômico”, afirma.
O estudo conclui que marcas interessadas em dialogar com esse público devem ir além de campanhas pontuais e buscar estratégias que representem valores ligados à fé. “Não é sobre usar cruz ou ouvir louvor, é sobre falar de superação, rotina, comunidade”, resume Carol. As informações são do PropMak.
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