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27/10/2025

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Minorias religiosas enfrentam ameaça de extinção no Oriente Médio

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Cristãos, judeus, yazidíes e outras minorias religiosas estão sob crescente ameaça em várias regiões do Oriente Médio. Muitos foram obrigados a fugir ou desapareceram após anos de violência e perseguição por grupos extremistas.

No Egito, ataques a igrejas e confrontos durante o governo da Irmandade Muçulmana marcaram o início de uma onda de violência que se espalhou para Síria e Iraque com a ascensão do Estado Islâmico. Minorias eram forçadas a se converter, pagar tributos ou enfrentar a morte.

Hillary Miller, da Comissão de Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, afirma que fora de Israel os judeus praticamente desapareceram do Oriente Médio. Em Egito, de uma comunidade de 80 mil pessoas na década de 1940, hoje restam menos de 10. Na Síria e no Iêmen, comunidades de dezenas de milhares deixaram de existir.

A população cristã na Síria e no Iraque caiu de 3 a 4 milhões para cerca de 300 mil em cada país. Karmela Borashan, da Associação Evangelística Susek, alerta que a mentalidade extremista do século VII ainda persiste e caracteriza a situação como uma limpeza étnica silenciosa.

Os yazidíes enfrentam um declínio crítico. A ONU relatou que o Estado Islâmico matou quase 5 mil pessoas e sequestrou mais de 7 mil mulheres e meninas. Dez anos depois, cerca de 3 mil ainda estão em cativeiro. Jamila Nazo, da Associação Canadense Yazidí, criticou a falta de ações internacionais para resgatá-las.

Em junho, a igreja de São Elias, nos arredores de Damasco, foi atacada por jihadistas durante o culto, resultando na morte de 24 pessoas. Após a queda do regime de Assad e a eleição de Ahmad Al-Sharaa, surgem dúvidas sobre se o governo conseguirá proteger as minorias religiosas.

Ryan Mauro, do Capital Research Center, aponta que tanto as minorias quanto os extremistas rejeitam Al-Sharaa. A Irmandade Muçulmana ainda mantém influência, e a normalização das relações com Israel pode não ser suficiente para garantir segurança.

Ashuriena Abraham, do Conselho Internacional Assírio, alertou que é urgente a intervenção internacional. “Se permanecermos em silêncio agora, este padrão de assassinatos e injustiça continuará até que o último assírio na Síria desapareça”, disse, lembrando a importância histórica e cultural dessas comunidades. As informações são da CBN News.

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