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25/11/2024

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Cristãos são bons em relacionamentos, mas fracos no evangelismo

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Culto pentecostal / Foto: Reprodução

ESTADOS UNIDOS – As pessoas que frequentam igrejas cristãs estão dispostas a conversar com outras pessoas sobre sua fé, mas lutam para ter conversas evangelísticas na prática, mostrou um novo estudo. O estudo da Lifeway Research descobriu que, embora a intenção de compartilhar Jesus com os outros estivesse presente, mais da metade (55%) dos fiéis protestantes nos EUA disseram que não haviam falado com ninguém sobre como se tornar um cristão nos últimos seis meses.

Isso ocorreu apesar de um número similar (56%) dizer que estavam orando por oportunidades de falar aos outros sobre Jesus pelo menos uma vez por semana e quase um quarto (23%) dizendo que estavam orando por esses momentos todos os dias, segundo o relatório de 2019, do Estudo de Avaliação do Discípulo com 2.500 Protestantes Americanos.

Mais de um quarto (27 por cento) admitiu que raramente ou nunca oram por oportunidades de compartilhar sua fé. “Compartilhar as boas novas de que Jesus pagou pelos nossos pecados através da Sua morte na cruz e ressuscitou para nos trazer uma nova vida é a missão da igreja, mas não parece ser a prioridade dos fiéis”, disse Scott McConnell, executivo diretor da LifeWay Research.

Daqueles que tiveram uma conversa evangelística no mês passado, a maioria tinha feito isso com uma ou duas pessoas (24%). Apenas cerca de 1 em cada 10 frequentadores da igreja disseram ter pelo menos uma conversa evangelística por mês.

Quando se tratava de grupos étnicos, os hispânicos (36%) e os afro-americanos (29%) eram os mais propensos a orar por oportunidades evangelísticas todos os dias, em comparação com um quinto dos americanos brancos.

“A tarefa de fazer discípulos de todas as nações não foi totalmente aceita na Igreja americana – especialmente pela cultura majoritária”, disse McConnell. “Isso acontece apesar da conveniência de ter outras etnias e imigrantes de outros países que vivem frequentemente no mesmo bairro”.

A frequência à igreja também fez a diferença, com os participantes uma vez por semana (75%) sendo mais propensos do que frequentadores da igreja menos frequentes (69%) a orarem sobre evangelismo pelo menos uma vez por mês.

Em termos de idade, aqueles com 65 anos ou mais eram os menos propensos a discutir sua fé com outros, com quase dois terços (62 por cento) dizendo que não tiveram conversas evangelísticas recentemente.

“Recentemente, tem havido muita discussão sobre jovens adultos participando menos de evangelismo. Esse não é o caso, no entanto”, disse McConnell. “De fato, pessoas adultas jovens e de meia-idade têm maior probabilidade de compartilhar com alguém como se tornar um cristão nos últimos seis meses do que adultos que frequentam a igreja”.

Muitos cristãos podem não ter tido uma conversa evangelística, mas o estudo descobriu que mais da metade (55%) convidou um não-cristão para um culto ou atividade na igreja no último semestre.

A frequência com que os convites foram feitos também mudou de acordo com a frequência à igreja, com aqueles indo à igreja pelo menos quatro vezes por mês (58 por cento) mais propensos a ter convidado uma pessoa descrente nos últimos seis meses do que aqueles que compareceram menos de quatro vezes por mês (47 por cento).

Muitos cristãos podem não ter tido uma conversa evangelística, mas o estudo descobriu que mais da metade (55%) convidou um não-cristão para um culto ou atividade na igreja no último semestre.

“Jesus nunca prometeu que a Grande Comissão seria concluída rapidamente, mas Ele estabeleceu a expectativa de que os esforços para alcançar todas as nações com Seu evangelho devem ser contínuos. Muitos na igreja hoje parecem estar distraídos da ordem final de Jesus”, disse McConnell.

Relacionamentos – O estudo também descobriu que, embora os americanos protestantes sejam bons em fazer amigos na igreja, os relacionamentos pareciam se basear mais em interesses mútuos do que em ajudar uns aos outros a crescer espiritualmente.

Enquanto mais de três quartos dos participantes do estudo (78 por cento) disseram ter desenvolvido relacionamentos significativos com as pessoas em sua igreja, menos da metade (48 por cento) disseram que intencionalmente passam tempo com outros crentes para ajudá-los a crescer em sua fé.

Jovens adultos – com idades entre 18 e 34 anos – eram os mais propensos a dizer que eram intencionais em investir tempo no crescimento de outros (26%) – duas vezes a porcentagem de frequentadores de igrejas com 65 anos ou mais que disseram a mesma coisa.

“Em uma cultura americana em que relacionamentos significativos são difíceis de formar, a maioria dos frequentadores de igrejas tiveram pelo menos algum sucesso em fazer amigos na igreja”, disse McConnell.

“Mas a maioria não está tão confiante quanto poderia ser sobre o significado desses relacionamentos.” Cerca de um terço dos hispânicos (32 por cento) disseram que foram intencionais em gastar tempo com outros para crescer em fé, seguidos por protestantes negros (24 por cento) e evangélicos (21 por cento) e protestantes tradicionais (12 por cento).

“Há um elemento diferente nos relacionamentos na igreja que a maioria dos frequentadores da igreja não priorizou”, disse McConnell. “Uma das maneiras pelas quais um crente demonstra que tem amor por Deus é investindo em outros crentes. O relacionamento não é apenas sobre interesses mútuos; trata-se de se interessar proativamente pela fé dos outros.”

O estudo também descobriu que apenas um terço (35 por cento) dos frequentadores da igreja nutriam sua própria fé participando de uma classe cristã ou de um grupo pequeno quatro ou mais vezes em um mês típico.

Protestantes da linha principal (48 por cento) eram mais propensos a nunca comparecer a um grupo pequeno do que protestantes negros (36 por cento) e evangélicos (35 por cento).

“Para grande parte da história da igreja, pequenos grupos ou classes têm sido uma das maneiras mais eficazes que as igrejas oferecem para os participantes se conectarem com os outros, estudarem a Bíblia e servirem juntos”, disse McConnell. “Esta forma de buscar juntos Deus é tanto relacional quanto devocional”., conclui.

*Com informações de Christian Today.

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