O biólogo ateu Richard Dawkins, autor de “Deus, um Delírio”, ganhou destaque ao questionar a existência de um Deus criador, utilizando argumentos científicos e lógicos. Ele se tornou um ícone do Novo Ateísmo, movimento que defende a ciência como explicação principal do mundo. Dawkins expressou sua preferência pelo cristianismo em relação ao Islã, destacando os princípios “decentes” da primeira religião. As informações são da Veja.
Durante uma entrevista, Dawkins afirmou que, apesar de não mudar sua visão sobre a fé, não ficaria satisfeito em perder as catedrais e igrejas paroquiais. Ele enfatizou sua escolha pelo cristianismo diante do Islã, citando a hostilidade presente nos livros santos islâmicos em relação às mulheres e aos gays.
Além disso, Dawkins comentou sobre a decoração de Londres durante o Ramadã, em contraste com a falta de destaque para a Páscoa, considerando isso um sinal da decadência do cristianismo. Ele alertou para os possíveis efeitos negativos desse declínio, como a desvalorização da vida humana, citando casos de eutanásia no Canadá como exemplos.
A trajetória de Dawkins está em contraste com a da escritora Ayaan Hirsi Ali, que após vivenciar o fundamentalismo muçulmano, abraçou o ateísmo. No entanto, Ali se converteu ao cristianismo, destacando a necessidade de uma narrativa unificadora para fortalecer a civilização ocidental contra ameaças como o autoritarismo, o islamismo global e a ideologia woke.
Ali argumentou que o ateísmo é uma “doutrina fraca” para enfrentar essas ameaças e defendeu a importância de oferecer significado e atrativos para a próxima geração. Ela mencionou o poder de uma narrativa unificadora, aprendida durante sua experiência com a Irmandade Muçulmana, como um fator relevante para sua conversão ao cristianismo.
Talvez Richard Dawkins não tenha tido coragem de chegar tão longe, talvez só tenha uma memória afetiva dos “hinos religiosos e cânticos de Natal”, como disse, e por isso se considere cristão cultural. E talvez nunca tenha sentido o desejo de “amparo espiritual” proporcionado pela religião que Ayaan Hirsi Ali menciona como outro motivo de sua conversão ao cristianismo.
Redação Exibir Gospel