Uso de Inteligência Artificial auxilia na identificação de resultados sugestivos de câncer de mama e reduz tempo para início do tratamento
Diagnóstico precoce seguido de tratamento. Esse é o princípio fundamental para se ampliar as chances de cura nos casos de câncer de mama. É também, junto ao acolhimento, um dos pilares que a Hapvida NotreDame Intermédica segue para o atendimento oncológico em sua rede. Para isso, a empresa de saúde implantou um projeto-piloto que usa a tecnologia para agilizar a investigação inicial e o diagnóstico do tumor.
“O diagnóstico precoce é pilar fundamental para cura do câncer de mama. Quanto antes iniciarmos o tratamento, maior a possibilidade de cura. Dessa forma, o rastreio regular é essencial para tal diagnóstico, evitando cirurgias mutiladoras e tratamentos invasivos”, afirma o mastologista da Hapvida, Giovanni Magalhães.
Para acelerar várias etapas da investigação com o objetivo do diagnóstico e tratamento precoce, a empresa conta com o “Alerta Rosa”, projeto-piloto do programa “Navegar”, uma iniciativa que utiliza a Inteligência Artificial para mapear e amparar os pacientes oncológicos em toda a sua jornada – desde a investigação de um possível câncer até o acompanhamento do tratamento oncológico.
A iniciativa está em fase inicial no Ceará e utiliza uma IA que busca bi-rads (resultado) no laudo dos exames de imagem. Uma vez detectada uma classificação sugestiva de câncer de mama, a equipe entra em contato com o paciente para explicar o programa e convidá-lo a fazer parte.
“Temos uma equipe de navegação dedicada ao direcionamento e o acolhimento dos pacientes. Uma vez dentro do Navegar, eles recebem todo o apoio no agendamento de consultas médicas com mastologistas e agendamento de exames de mama como a biópsia. Temos o apoio do corpo clínico, assistencial e administrativo para a condução célere e humanizada; um cuidado que vai muito além do diagnóstico”, explica Ana Cristina Lessa, médica consultora do programa.
A navegação ocorre até o diagnóstico final – tumor benigno ou maligno – e o encaminhamento para tratamentos de controle ou oncológico, respectivamente.
A primeira fase deve ser concluída até o final deste ano, mas os dados preliminares já apontam a redução de 75% do tempo médio de atendimento das pacientes, entre o resultado do exame de imagem de mama até o retorno ao mastologista com o resultado da biópsia. Em 2021, esse prazo era de 136 dias e, agora, para as pacientes que fazem parte do programa, esse intervalo é de apenas 33 dias.
“O programa colabora com a otimização da jornada diagnóstica do câncer de mama, pois se utiliza de protocolos para padronizar condutas de acordo com o resultado dos exames. Além disso, temos um canal de comunicação exclusivo e um fluxo individualizado de navegação, que é o acompanhamento e o direcionamento dos pacientes com risco de câncer de mama”, explica Francisco Souto, vice-presidente de Operações Hospitalares e Programas de Saúde da Hapvida NotreDame Intermédica.
Paciente participante
A diretora de Relacionamento Assistencial, Giselle Palmeira, de 42 anos, sabe bem do valor do tempo para o tratamento bem-sucedido do câncer. Com a dor de perder a mãe de 50 anos para um câncer de mama detectado tardiamente, ela agora, passando pelo tratamento da mesma doença, tem a chance de ressignificar esse momento difícil. Giselle é uma das 119 mulheres que participam das fases de testes do projeto-piloto “Alerta Rosa”.
A diretora teve a suspeita do câncer de mama, em julho, depois de exames de rotina, na rede Hapvida. Foi, então, convidada a integrar o programa Navegar. Por benefício da IA, quinze dias depois dos primeiros exames, teve o diagnóstico fechado de câncer de mama…
Redação