Um grupo de pastores resolveu acionar a justiça contra a declaração do pastor José Wellington Bezerra da Costa que declarou, durante a 47ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da CGADB, que não é costume da igreja Assembleia de Deus permitir que os pastores usem barba.
“Infelizmente está acontecendo uma coisa entre nós que não está ficando bem. É o porte dos nossos pastores”, iniciou o pastor. “Alguns — eu creio que é até um desrespeito à igreja — estão relativizando a sua apresentação diante da igreja”, disse o líder assembleiano.
José Wellington afirmou que o uso da barba não condiz com a tradição da Assembleia de Deus e que essa prática seria contrária à imagem que um pastor deve ter diante da congregação. “Não é nosso porque é bíblico. Eu posso mostrar na Bíblia. É a questão da barba.”
O advogado Antônio Medeiros gravou um vídeo para dizer que levará a situação para Comissão Antidiscriminatória da OAB porque os pastores que o contrataram se sentiram ofendidos com a fala.
“O pastor José Wellington falou o que quis e pagará o que ele não quer”, disse o advogado. Medeiros chega a citar outros pontos da doutrina assembleiana que já caíram em desuso, como a proibição das irmãs de cortarem os cabelos ou usarem calça, ou ter bateria nas igrejas.
O advogado disse também que a Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Estado do Rio de Janeiro (CEADER) tem uma norma interna que já permite o uso de barba por pastores. Assim, a CGADB não poderia se opor ao algo que já foi decidido pela convenção estadual.
Assista:
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