A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, vem se destacando no cenário político nacional, causando desconforto em alguns veteranos aliados ao governo Lula. O ex-ministro José Dirceu, condenado por sua ligação com o escândalo do “mensalão”, concedeu uma entrevista à CNN Brasil, reconhecendo a força política do ex-presidente Jair Bolsonaro mesmo após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022.
Dirceu afirmou que não subestimaria a possibilidade de Michelle Bolsonaro se tornar candidata à Presidência, destacando a influência do presidente Bolsonaro na eleição de outros nomes para cargos importantes.
“Eu não subestimaria a Michelle como candidata [à Presidência], porque o Bolsonaro tem uma natureza duma força, o Bolsonaro elegeu senadores, o Tarcísio foi eleito em São Paulo”, disse o ex-ministro.
A análise de Dirceu baseia-se na força dos evangélicos na política nacional, constituindo um desafio para o atual governo. A revista Veja desta semana destaca o avanço dos evangélicos no Brasil como uma preocupação para o Palácio do Planalto, uma vez que essas denominações têm apoiado o bolsonarismo.
Apesar dos esforços do governo em conquistar a confiança desse segmento, a distância persiste, especialmente em relação a pautas liberais como a agenda LGBT+, a descriminalização das drogas, aborto e medidas consideradas uma ameaça à liberdade da educação familiar.
Michelle Bolsonaro, por outro lado, ganha aceitação entre as igrejas, o que poderia ser um fator relevante em um eventual cenário político. A atenção à sua figura e o apoio nas comunidades religiosas reforçam a presença da ex-primeira-dama como um nome consolidado no cenário político nacional.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes