O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se emocionou ao falar sobre a situação do país
Na Coreia do Norte, no último sábado, 10 de outubro, um desfile celebrou o 75º aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia, mostrando os diversos tipos de armamento do país. Essas armas foram destinadas a representar a força da nação, mas a construção delas se deu em um período em que milhões de norte-coreanos estão passando fome. Porém, em contraste com essa demonstração de força, o ditador Kim Jong-un fez um discurso de tom amável, com lágrimas nos olhos.
O líder referiu-se a “desafios e imprevistos colocados pela epidemia e pelas forças da natureza”, acrescentando que “meus esforços e sinceridade não foram suficientes para livrar nosso povo das dificuldades em suas vidas”. De acordo com o cristão norte-coreano refugiado Timothy Cho*, o presidente pareceu culpar as forças externas pela situação do país, porém, continuou afirmando que ninguém havia sido infectado pela COVID-19.
Cho, que é colaborador da Portas Abertas, reconheceu que é raro vê-lo fazer um discurso tão sensível. Muitos cristãos em todo o mundo oram pela família Kim, pedindo a Deus que Kim Jong-un perceba a responsabilidade de proteger o povo da fome e perseguição. Cho acrescentou que Cristo pode estar trabalhando na vida do líder, já que ele reconheceu os desafios enfrentados pelos norte-coreanos, o que pode abrir espaço para a comunidade internacional trabalhar com o país.
A Coreia do Norte é o país número 1 na Lista Mundial da Perseguição (LMP) desde 2002. Isso classifica a nação como o país mais fechado do mundo ao evangelho, por isso, é necessário manter a fé em segredo, com risco de ser preso ou até morto.
Fonte: Portas Abertas