As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul desde o fim de abril resultaram em prejuízos financeiros significativos aos municípios afetados. De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), os danos já chegam a R$ 6,3 bilhões, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira (8).
Dos R$ 6,3 bilhões, R$ 1,9 bilhão são referentes ao setor público, enquanto o setor privado registrou aproximadamente R$ 1 bilhão em prejuízos. O setor habitacional foi o mais impactado, com perdas de R$ 3,4 bilhões e 61,4 mil casas danificadas ou destruídas.
A Defesa Civil informou que, das 497 cidades do Estado, 417 foram afetadas. Dentre essas, 336 já tiveram o estado de calamidade pública reconhecido pelos governos estadual e federal, conforme dados da CNM.
Os valores compilados até as 14h desta quarta-feira são parciais e estão sendo atualizados à medida que os gestores municipais preenchem informações no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
No setor público, os prejuízos alcançam R$ 1,4 bilhão em obras de infraestrutura, como pontes, estradas, calçamento e sistemas de drenagens urbanas, além de R$ 351 milhões em danos materiais, como escolas, hospitais e prefeituras. Também foram contabilizados R$ 39,8 milhões perdidos em sistemas de transportes e R$ 33,2 milhões com limpeza urbana e remoção de escombros.
No setor privado, a agricultura foi a área mais afetada, com prejuízo estimado de R$ 594,6 milhões. A pecuária registrou perdas de R$ 147,7 milhões, enquanto a indústria teve prejuízo de R$ 183,3 milhões. Em seguida, aparecem os demais serviços, com R$ 58,2 milhões em prejuízos, e os comércios locais, com R$ 38,5 milhões.
Os valores estão sujeitos a alterações, para mais ou menos, à medida que as verificações em campo se intensificam, conforme informou a CNM.
Redação Exibir Gospel
