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25/02/2025

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“Escola de samba é macumba”, diz carnavalesco em entrevista

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O carnavalesco e pesquisador Milton Cunha afirmou que as escolas de samba são uma expressão direta da religiosidade de matriz africana. A declaração foi dada em entrevista ao videocast Conversa Vai, Conversa Vem, do jornal O Globo.

“Macumba é o termo usado pela negritude como sinônimo do batuque. Ele sistematizado é o candomblé e a umbanda. A escola de samba é filha, tributária do batuque. Então, escola de samba é macumba, acabou. Gostem ou não, meu amor”, explicou o especialista.

E continuou: “Os ogãs saíram dos terreiros e foram tocar na bateria. As baterias tocam para os orixás. A macumba é causadora maravilhosa de toda essa procissão, essa inteligência negra periférica”.

Nos últimos anos, o carnaval tem exaltado com mais força a religiosidade preta. Em 2022, a Grande Rio celebrou Exu. Neste ano, escolas como Salgueiro e Beija-Flor seguem essa tendência.

Cunha aproveitou o momento para criticar as igrejas evangélicas, sobretudo as neopentecostais, e afirmou que o desfile também é um ato de resistência diante da intolerância.

“Nesse momento de intolerância e ascensão da direita querendo impor religião, dogma católico, neopentecostal, a escola de samba joga na cara dos intolerantes a contribuição do povo Bantu, as palavras em iorubá, a história da revolta dos Malês”.

Redação Exibir Gospel