Veja o relato de Precious, uma das vítimas do sequestro
O rapto das 275 jovens na escola secundária GGCSS pelo grupo extremista islâmico Boko Haram em Chibok, Nigéria, completou neste mês de abril nove anos. A região continua sendo alvo de ações dos extremistas que buscam eliminar a presença cristã local por meio da violência, como mostra o sequestro da jovem Leah Sharibu quatro anos depois do rapto em Chibok.
A cristã Precious (pseudônimo) foi uma das vítimas do sequestro em 2014. Ela permaneceu durante três anos sob domínio dos extremistas e pede que continuemos orando pelas meninas de Chibok que permanecem em cativeiro, na Nigéria.
Precious é uma mulher feita hoje, está casada e tem dois filhos. Ela sonha em um dia concluir os estudos, mas não esquece do dia em que o Boko Haram atacou a escola onde estudava.
Ela conta: “Estávamos fazendo uma prova. Eles entraram, disseram que eram soldados e mandaram nos juntarmos, pois nos protegeriam de homens do Boko Haram que fariam um ataque naquela noite. Acreditamos nas palavras deles e só soubemos a verdade quando estávamos reunidas para sermos levadas. Gritamos e corremos. Algumas meninas conseguiram escalar o muro e fugir, mas a maioria foi levada”.
Fome e tortura psicológica
Antes de saírem da escola, “os extremistas garantiram que causariam o máximo de destruição possível. Eles tomaram uma das garotas para saber onde ficava o depósito de alimentos e o dormitório das meninas e incendiaram tudo”.
As meninas foram obrigadas a caminhar grande parte do trajeto da floresta de Sambisa a pé e depois foram levadas por um caminhão. Elas eram ameaçadas constantemente. “Eles diziam que atirariam em nós se não obedecêssemos.” Depois de quatro dias de viagem, os extremistas chegaram com as meninas ao acampamento.
Assim que chegaram, as ordens começaram a ser dadas. “Havia poucas muçulmanas entre nós. Eles queriam que todas se convertessem ao islã. Para as jovens que aceitassem a conversão forçada era dado um hijab (véu islâmico). Já as que se recusassem a se converter, ficavam sem o hijab e sem comida. A maioria das meninas se recusou a se converter.”
Acompanhe nossas notícias para ver a segunda parte dessa história!
Ataques como o sofrido pelas meninas de Chibok buscam destruir as comunidades cristãs na Nigéria. Com uma doação, você apoia o Centro de Cuidados Pós-traumas para vítimas de ataques de extremistas que precisam de cura e amor em Cristo para superar as feridas deixadas pelos ataques.