Google / Foto: Reprodução
ESTADOS UNIDOS – Uma política do Google é destinada a
limitar o alcance que anúncios de centros de gravidez em crise pró-vida
voltados para afastar as mulheres das clínicas de aborto, de acordo com um
relatório do jornal ‘The Guardian’.
No início deste ano, o Google anunciou que as organizações
de saúde que anunciam sobre o aborto no site principal dos mecanismos de
pesquisa devem ter um rótulo indicando se elas realmente fornecem ou não
abortos.
No entanto, Stephanie Kirchgaessner, do ‘The Guardian’
informou na última segunda-feira (19) que a política do Google só pareceu a
funcionar quando o termo específico “aborto” foi pesquisado por um usuário.
Outros termos de pesquisa como “teste de gravidez livre” e
“sintomas de gravidez” não incluíram um aviso, explicando se a entidade
fornecia abortos. “Embora a diferença possa parecer semântica, há uma
preocupação de que ela leve as mulheres a confundirem um centro pró-vida de
apoio a gestantes em crise com uma clínica de aborto”, escreveu Kirchgaessner.
Em resposta ao relatório, o Google forneceu ao ‘The
Guardian’ uma declaração defendendo sua política atual de divulgar se uma
clínica anunciada realiza abortos. “Essa transparência adicional é destinada a
ajudar os usuários a decidir quais anúncios relacionados ao aborto são mais relevantes
para eles”, afirmou o Google. “Nossas políticas já proíbem falsas declarações
em anúncios e, se encontrarmos anúncios que violam nossas políticas, os
removeremos imediatamente”.
Em maio, o Google anunciou que clínicas e organizações que
exibem anúncios no Google usando palavras-chave relacionadas ao aborto nos
Estados Unidos e no Reino Unido devem primeiro ser “certificadas como
anunciantes que oferecem abortos ou não fornecem abortos”. “Se você não for
certificado, não poderá veicular anúncios usando palavras-chave relacionadas à
obtenção de um aborto”, afirmou a empresa de tecnologia na época.
“As divulgações serão exibidas em todos os formatos de
anúncios de pesquisa e ajudarão a garantir que esses anúncios forneçam, de
forma transparente, informações básicas que os usuários precisam para decidir
quais anúncios relacionados ao aborto são mais relevantes para eles”,
acrescentou a empresa em nota.
A mudança veio em resposta aos ativistas pró-aborto,
argumentando que o Google estava fornecendo aos centros pró-vida a capacidade
de anunciar como se fossem provedores de aborto.
Por exemplo, as deputadas democratas Carolyn B. Maloney, de
Nova York, e Suzanne Bonamici, do Oregon, enviaram uma carta ao Google antes de
sua decisão de implementar a política. Na carta, as mulheres do Congresso
exigiram que a plataforma removesse propagandas promovendo o que eles chamavam
de “clínicas falsas”. “O Google deve estar bem ciente das práticas enganosas de
publicidade desses tipos de organizações”, escreveram os legisladores.
“Sua empresa já realizou diversas ações para remover
anúncios de centros de gravidez em crise porque eles violam a política de
publicidade interna do Google”, acrescentou.
*Com informações de The Christian Post