Evangélicos participam das lives do Frei Gilson em apoio ao frade após ataques
Nas redes sociais, um movimento inusitado tem chamado atenção: evangélicos estão participando das lives da Quaresma com Frei Gilson, que tem juntado mais de 1 milhão de pessoas às 4h da manhã. Muitos relatam que, mesmo sem seguirem as tradições da Igreja Católica, decidiram acompanhar as transmissões para demonstrar apoio ao religioso, que tem sido alvo de ataques.
“Eu que não sou católico, sou evangélico, acordei às 4h da manhã pra assistir o Frei Gilson”, comentou um usuário no X. “Sou evangélico e amo Frei Gilson. Sempre quando dar, assisto suas lives. Coisa maravilhosa. Toda honra e glória a Deu”, escreveu outro.
O aumento da popularidade do frade gerou forte reação de setores da esquerda. Influenciadores e críticos o acusaram de ser “fascista”, “negacionista” e “oportunista”, principalmente por sua postura conservadora. Além disso, tentaram ligá-lo ao padre José Eduardo, investigado pela Polícia Federal.
Diante das críticas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro saíram em defesa de Frei Gilson. Bolsonaro destacou que a fé cristã nunca se curvou à perseguição e reafirmou seu apoio ao frade. Michelle, que sempre foi uma figura atuante entre os evangélicos, também manifestou solidariedade ao religioso.
Rosário e Quaresma: por que evangélicos não seguem essas práticas?
Mesmo com o apoio, muitos evangélicos reconhecem que as práticas do Frei Gilson são diferentes das que seguem em suas igrejas. O rosário, por exemplo, é um conjunto de orações católicas dirigidas à Virgem Maria, repetindo “Ave-Marias” e “Pai-Nossos” enquanto se medita sobre passagens da vida de Jesus.
Já a Quaresma é um período de 40 dias de preparação para a Páscoa, marcado por jejum, oração e penitência, seguindo tradições estabelecidas pela Igreja Católica.
Os evangélicos, em geral, não seguem essas práticas porque acreditam na oração direta a Deus, sem a intercessão de Maria ou dos santos. Além disso, a Quaresma não faz parte do calendário litúrgico da maioria das denominações evangélicas.
Apesar dessas diferenças doutrinárias, a participação de evangélicos nas lives do Frei Gilson mostra que, quando a fé cristã é atacada, muitos estão dispostos a deixar as diferenças de lado para defender a liberdade religiosa e o direito de pregar o evangelho.
Redação Exibir