Entre 2010 e 2020, o islamismo foi a religião que mais cresceu no mundo, segundo análise do Pew Research Center baseada em mais de 2.700 censos e pesquisas. No mesmo período, também aumentou expressivamente o número de pessoas sem religião.
A população muçulmana subiu em 347 milhões, chegando a 25,6% da população global — um aumento de 1,8 ponto percentual. Já os cristãos, embora ainda sejam maioria (2,3 bilhões), perderam espaço proporcional: caíram de 30,6% para 28,8% da população.
O grupo dos “sem religião” cresceu em 270 milhões e agora soma 1,9 bilhão de pessoas, ou 24,2% da população mundial. Esse avanço ocorreu apesar da baixa taxa de natalidade e da idade média mais alta dos “nones”, como são chamados. O crescimento é explicado, principalmente, pela saída de pessoas afiliadas a religiões, sobretudo cristãos.
Os hindus acompanharam o ritmo do crescimento global, mantendo sua fatia em 14,9%. Já os budistas foram os únicos a registrar queda em números absolutos, com redução de 19 milhões.
No recorte por países, os “sem religião” cresceram substancialmente em 35 lugares. Nos Estados Unidos, por exemplo, passaram de 17% para 30% da população. Também se tornaram maioria na Holanda, Uruguai e Nova Zelândia.
Sub-Saara africano superou a Europa como região com mais cristãos, refletindo a queda do cristianismo no Ocidente. Em 2020, 30,7% dos cristãos viviam na África Subsaariana, contra 22,3% na Europa.
A pesquisa integra o projeto Pew-Templeton Global Religious Futures e destaca as transformações religiosas globais e seus impactos sociais.
Redação Exibir Gospel