Um médico ginecologista da Santa Casa de Araguari, interior de Minas Gerais, denunciou uma paciente de 21 anos que procurou o hospital após provocar um aborto.
Com fortes dores abdominais, sangramento e expelindo coágulos, a mulher procurou o pronto-socorro e foi encaminhada à UTI, onde foi atendida pelo ginecologista Roberto Laurents de Sousa.
O profissional acionou a Polícia Militar e três agentes foram até o hospital para atender ao chamado. Após interrogarem a mulher, ela recebeu voz de prisão.
Por estar em tratamento médico, ela continuou internada por três dias com mãos e pés algemados e foi escoltada durante todo o período por policiais.
De acordo com o Ministério Público, a paciente teve o feto com vida, ele morreu em seguida e ela ocultou o cadáver. Já na declaração da jovem, o bebê nasceu sem vida.
Os advogados discordam do MP e dizem que o órgão estaria tentando justitificar a “atitude ilegal” do ginecologista de chamar a polícia. O caso aconteceu em 2020, mas o processo passou a ter destaque na imprensa nos últimos dias.
De acordo com a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que médicos não devem denunciar abortos clandestinos à polícia, apesar disso, a prática é comum nos hospitais.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes