Caminhão carrega caixões de pessoas mortas pelos pastores Fulani, em Makurdi, Nigéria, em 11 de janeiro de 2018. (Foto: Reuters)
NIGÉRIA – As mortes no estado de Kaduna, na Nigéria, precisam de uma resolução do governo. Um número de nigerianos importantes na mídia e indústria das artes pediu pelo fim da violência.
A campanha “Parem com as mortes no Sudeste de Kaduna” compreende uma série de vídeos curtos, estrelando atrizes, músicos e cineastas.
Um dos artistas, o cantor nigeriano Joel Amadi, perdeu o pai em um ataque na vila de Zikpak, em 24 de julho, que se presume ser de responsabilidade de militantes fulanis. Ao menos 10 pessoas foram mortas, incluindo um pastor, além de tentarem incendiar uma igreja. “Eu sou vítima das mortes em Kaduna. Quero que o mundo todo ouça a minha voz. Desejo paz e que a unidade reine”, disse Amadi em um vídeo.
No dia 9 de agosto, cristãos vestidos de preto de diferentes denominações se reuniram em uma igreja em Kaduna, capital do estado, para protestar contra a violência permanente.
De acordo com números da Portas Abertas, os ataques fulanis no Cinturão Médio, na Nigéria, já tiraram a vida de pelo menos 3.507 cristãos entre janeiro de 2016 e junho de 2020.
A causa da crise – A crise é parcialmente causada por fatores socioeconômicos. O aumento da desertificação tem levado os pastores de cabra fulanis, que são nômades étnicos, para o Sul, intensificando a pressão por recursos já escassos.
O conflito, entretanto, também é usado por radicais fulanis para o avanço do islamismo, preenchido por um fluxo de professores extremistas islâmicos da Arábia Saudita e Irã. O grupo experimenta ondas de radicalização nas quais a conquista da terra é justificada pela expansão da religião.
Grupos islâmicos encontram oportunidade nessas condições. Nas últimas semanas, um grupo afiliado da Al-Qaeda, chamado Vanguarda para a Proteção dos Muçulmanos na África Negra (Ansaru, da sigla em inglês), alegou estar por trás de um ataque recente no estado de Kaduna. “Enquanto a violência étnica e a bandidagem continuarem a se expandir pela Nigéria, é provável que o Ansaru tente explorar o caos para ressurgir”, afirmou o Long War Journal.
Leve ajuda a cristãos nigerianos
“Há muitos relatos preocupantes de negligência deliberada, ou pior, cumplicidade, das Forças Armadas Nigerianas nesses ataques mortais contra comunidades agrícolas cristãs. Sua inércia permite que a violência continue impune e também que agressores tirem as vidas dos mais vulneráveis na comunidade, como idosos, mulheres e crianças”, disse Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.
Em meio à fome e morte, seu apoio nos permite fornecer assistência para salvar vidas. Por meio de parceiros locais, a Portas Abertas leva ajuda emergencial em forma de alimentos, roupas, cobertores e suporte médico a cristãos em nove locais na Nigéria.
Junte-se a nós e seja a resposta de oração dos nossos irmãos.
*Fonte: Portas Abertas.