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07/09/2024

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O amor é um sussurro da eternidade!

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Por Fábio Cândido*

O amor é um sussurro da eternidade 1 Jo 3.1-2

Isso mesmo – o amor é um sussurro da eternidade. Sussurro de forma sonora como um murmúrio, um dissonante zumbido, ou mesmo um tilintar saltitante do vento na folhagem. É um som confuso; é ato de falar de maneira capciosa – em provocação a atenção ao outro…

Pois ao pensar assim, identificamos um som ininteligível. Assim foi e, continua sendo a mensagem do calvário. Uma provocação de amor.

Deus – sussurrou seu amor na história, de maneira inconcebível a mente e a experiência humana (exceto pela revelação), de maneira que, apenas os que se prestam ao minimalismo, aos detalhes, serão despertados. Isso porque, Deus não fala alto, e mesmo gritando, ele não usa de força, não coage, ou mesmo não se impõe, mas fala sussurrando. Sussurra de maneira mansa, de forma que, quem possa ouvir, ainda assim não compreendendo – mas possa confiar e confiando, esperançar no Verbo Vivo.

O apóstolo João ao escrever sua carta, especificamente, relata sobre o Verbo Vivo que se fez carne – adentrou na história, e essa dimensão de delírio de Deus, trouxe esperança àqueles que se dão a persistência de tentar compreender tal murmúrio divino, escandaloso amor de Deus encarnado. De forma que, tal desatino divino, se manifesta amorosamente em Cristo, que não menos loucura aos homens, se tornou a porta do aprisco para as ovelhas. Todos são convidados a adentrarem. Mas, se torna o amor sussurrante de Deus, inconcebível a tantos (…).

Tal sussurro é fomentador da vida e único esteio da verdade e esperança frente as tantas situações críticas contingenciais. Somente no Verbo encarnado, a justiça brada pelos inocentes e se torna possível. O amor não se torna produto ou sentimento frívolo, é esperança e consciência do poder de Deus.  

 Existem momentos na vida que, precisamos crer além das circunstancias materiais-existências. Ou seja, apenas crer na justiça, no amor e na revelação de Deus – não será suficiente, precisaremos vestir isso como uma roupa a cobrir a pele (é isso e não é outra coisa). Crer – no sentido de ter fé – e não crença, fé de se lançar a esperar totalmente na graça, não no senso de justiça humana, não no senso do amor humano, não no senso do conhecimento humano, não apenas naquilo que entendemos ser o bem – mas superar a dicotomia espírito x matéria e nos apropriarmos das palavras dele para nós. De forma que, cada um possa ser experiência viva do amor de Deus. O amor é para àqueles que creem que podem receber. A parábola do filho pródigo revela isso. De maneira que, não será pelo que fazemos, mas pelo o que ele fez.

Vede que grande amor … (1 João 3.1). Note a expressão joanina, que não é pequeno amor – é grande amor! Que noção temos de grande? Conseguimos ver? Veja que a fala apostólica é no sentido de nos levar a nos apegarmos a Ele, e não a nós (…). O Tom da voz de João é estarrecedora – ele está pasmo com essa verdade de Deus em Cristo – Como que dizendo: O seu amor por mim é grande. Veja isso, contemple isso – certifique-se disso! Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5.8)

De forma que, João escreve sobre o Filho do Amor de Deuso Verbo encarnado – que também é o Alfa e o Ômega, o principio e o fim de todas as coisas, tudo foi feito por intermédio dele, e ele é o sustentador de todas as coisas – inclusive da sua e da minha vida em Amor! Nele somos conjuntamente chamados de filhos do seu amor.

Agora somos filhos … (1 João 3.2). De forma que, viva o agora como filho (a). Se somos filhos de Deus em Cristo, a revelação tem outra face, tem a face da fé, da esperança e do amor, e o maior desses é o amor – Viva sem ansiedade, sabendo que Ele cuida daqueles que se dão aos seus sussurros. Por conta disso, chegue-se mais próximo dele, para ouvir e compreender melhor seu sussurro – Cristo Jesus. Como já dito, a parábola do filho pródigo é apenas para nos mostrar que necessitamos voltar ao amor do Pai. Ouça esse sussurro…

*Fábio Cândido, professor, pastor, teólogo e filósofo.

 

 



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