Oito líderes evangélicos, membros de uma missão humanitária, foram assassinados por dissidentes das FARC após desaparecerem em Calamar, no departamento de Guaviare, na Colômbia. A confirmação da morte ocorreu nesta semana, após a descoberta de uma vala comum em área de selva.
Segundo o Ministério Público, os responsáveis são integrantes do grupo comandado por Iván Mordisco, que sequestrou as vítimas sob suspeita infundada de colaboração com o ELN. A versão oficial afirma que os evangélicos não tinham ligação com nenhum grupo armado.
As vítimas — James Caicedo, Oscar Garcia, Maryuri Hernandez, Maribel Silva, Isaid Gomez, Carlos Valero, Nixon Penaloza e Jesus Valero — integravam os Conselhos Evangélicos Aliança da Colômbia e Cuadrangular. Eles haviam sido convocados pelos guerrilheiros para uma reunião antes do desaparecimento.
O resgate dos corpos só foi possível após pistas repassadas ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que realizou uma operação humanitária com apoio de grupos armados. As valas comuns foram encontradas em zonas rurais de Guaviare.
A Confederação Evangélica da Colômbia (CEDECOL) manifestou “consternação, indignação e repúdio ao vil assassinato”. Já o governo do presidente Gustavo Petro não se pronunciou, e moradores relatam abandono.
Famílias das vítimas e moradores afirmam que a região está dominada por dissidentes das FARC, que ameaçam até prefeitos locais. Muitos estão deixando suas casas com medo da violência.
A organização Portas Abertas alerta que líderes cristãos em áreas rurais da Colômbia são alvos frequentes por parte de guerrilheiros e narcotraficantes, que os veem como ameaça à influência sobre os jovens. As informações são do Evangelico Digital.
Redação