Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na última semana de maio o Brasil registrou o maior aumento no número de casos de COVID-19 desde março deste ano, quando os estados brasileiros flexibilizaram as medidas de contenção do vírus. Do início do ano até aqui, foram aproximadamente 8,7 milhões de infectados no Brasil, com números que não param de acelerar desde o final do primeiro trimestre de 2022.
O aumento já era esperado diante da flexibilização das restrições, principalmente após a desobrigação do uso de máscaras em ambientes abertos e fechados.
Mas segundo o infectologista credenciado da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dr. Luiz Otávio da Fonseca, outro ponto que tem contribuído para o aumento da doença é uma nova variante do vírus, a a Ômicron BA.2, também chamada de Ômicron Silenciosa.
“Essa é mais transmissível que as variantes tradicionais e pode ocorrer sem sintomas em indivíduos infectados, o que tem dado a ela o apelido de ‘Ômicron Silenciosa’. O Brasil está em processo de transição da BA.1, a Ômicron original, para BA.2, que tem taxas de reinfecção de 30% a 40% maiores”, explica Fonseca.
Apesar do número de vítimas fatais não estar crescendo na mesma proporção do número de casos em função do alto volume de pessoas imunizadas com pelo menos duas doses, o momento é de cautela.
Mantenha o distanciamento e use máscara
O infectologista afirma que o uso de máscaras de forma voluntária e manter o distanciamento social é a melhor forma de evitar o contágio e o surgimento de novas variantes.
“É perfeitamente possível continuarmos mantendo uma rotina social desde que respeitemos alguns cuidados básicos. O uso de máscaras e distanciamento ainda são medidas bastante eficazes na prevenção de novos casos, além de evitar o surgimento de mutações e de novas variantes do SARS-CoV-2. Nós deveríamos voltar a adotá-las voluntariamente”, afirma o médico.
Covid-19 nunca vai desaparecer e será igual a gripe
Quem alimenta a expectativa de que o risco de contágio com a COVID-19 irá desaparecer em um futuro breve, possivelmente irá se frustrar. Segundo estudiosos do assunto, há grande probabilidade de que este se torne mais um vírus respiratório circulante na comunidade, como o Influenza, por exemplo.
Diante de tais circunstâncias, a principal alternativa de proteção, além daquelas já citadas, segue sendo a vacinação: “esta é a maior arma para colaborar com a redução do número de casos já que evita o agravamento da doença e a necessidade de hospitalização de pessoas contaminadas pelo vírus. É uma medida de fundamental importância para permitir que continuemos vivendo uma rotina normal”, conclui Fonseca.
Redação Exibir Gospel