A animação brasileira Arca de Noé, lançada recentemente nos cinemas, tem gerado debates acalorados entre cristãos no Brasil. A produção, dirigida por Sérgio Machado e Alois di Leo, foi feita pela Globo Filmes e se baseia nas músicas de Vinícius de Moraes, afastando-se da narrativa tradicional do dilúvio descrita na Bíblia.
Nas redes sociais, pais têm compartilhado críticas ao filme, apontando que, apesar do título, a obra não aborda diretamente a história bíblica, mas mistura ficção e outros elementos. Karina Lit, educadora cristã, usou seu Instagram para alertar famílias sobre o conteúdo, recomendando que pesquisem antes de levar as crianças ao cinema. Segundo ela, nem todo filme com nomes religiosos reflete os princípios cristãos.
O trecho em que uma personagem questiona a Deus — dizendo “Deus não deve estar bem da cabeça; isso é um absurdo. E as famílias LGBTQIA+?” — foi um dos pontos que mais provocaram reações negativas. Além disso, a representação de Noé, retratado de forma caricata e com comportamentos cômicos, também incomodou críticos, que afirmam que o filme transmite mensagens que não são apropriadas para o público infantil.
Pais relataram insatisfação nas redes e em avaliações online. Um dos comentários no Google mencionou “palavreado impróprio” e “duplos sentidos eróticos”. Outro apontou que a obra é uma “distorção total de valores” e relatou ter saído da sessão nos primeiros minutos.
Apesar da polêmica, o filme atraiu público em sua estreia, vendendo mais de 155 mil ingressos e arrecadando R$ 3,1 milhões na primeira semana, ficando entre as cinco maiores bilheterias nacionais do período.
Redação Exibir Gospel