A Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou a operação “Falso Profeta” com o objetivo de combater uma organização criminosa envolvendo líderes evangélicos acusados de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, com vítimas estimadas em mais de 50.000 pessoas em todo o Brasil e no exterior.
A investigação revelou um esquema que usava a teoria conspiratória conhecida como Nesara Gesara para persuadir fiéis a investirem suas economias em operações financeiras fictícias e projetos de ações humanitárias fraudulentas.
Segundo as autoridades policiais, a operação “Falso Profeta” culminou na prisão preventiva de dois líderes evangélicos e na realização de dezesseis mandados de busca e apreensão em diversas localidades. Os suspeitos faziam parte de uma rede criminosa organizada composta por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de líderes religiosos.
A investigação, que teve início há aproximadamente um ano, revelou que os líderes evangélicos induziam os fiéis a acreditar que eram escolhidos por Deus para receberem bênçãos financeiras extraordinárias. Usando o discurso de Nesara Gesara, convenciam as vítimas a investir suas economias em operações financeiras fictícias que prometiam lucros estratosféricos e retornos financeiros imediatos.
Fraude Generalizada
As táticas da organização eram diversificadas e abrangentes. Além de promoverem falsas operações financeiras, os suspeitos teriam criado empresas “fantasma” simulando instituições financeiras digitais com alto capital social declarado, visando dar a aparência de veracidade e legalidade às operações.
A operação “Falso Profeta” também revelou que os criminosos espalhavam notícias falsas e usavam o nome do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para aplicar “golpes milionários” em fiéis das igrejas, aproveitando-se da confiança depositada por essas pessoas em seus líderes religiosos.
Exibir Gospel / Leiliane Lopes