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20/01/2025

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Segundo pastor é morto na Colômbia e expõe levante do crime organizado contra religiosos

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Iván García, pastor protestante de 28 anos, foi assassinado a tiros na última quarta-feira (8) em uma estrada rural no norte da Colômbia. Ele retornava de um culto na igreja Visão Cristã Povo de Deus, acompanhado da enteada de 14 anos e outros seis fiéis, quando foi emboscado por dois homens em uma motocicleta.

O ataque aconteceu em uma via sem iluminação, e García foi atingido por seis disparos, dois deles na cabeça. Uma mulher que estava no grupo também foi ferida no braço, mas sobreviveu. Os agressores fugiram do local logo após o crime.

García era ex-integrante de um grupo armado ilegal e, nos últimos anos, havia se dedicado à expansão da igreja liderada por sua esposa, Karen Nierles, no Departamento de Magdalena. O pastor não havia relatado ameaças, embora, semanas antes, tenha ouvido disparos ao sair do trabalho.

O assassinato de García ocorre apenas duas semanas após outro ataque fatal contra um líder protestante na região. No dia 29 de dezembro, o pastor Marlon Lora e sua família foram mortos em um restaurante em Cesar. Esses casos reforçam o risco enfrentado por líderes religiosos no país.

Organizações como a Christian Solidarity Worldwide (CSW) apontam que os pastores são alvos frequentes de grupos armados por promoverem a paz e incentivarem a rejeição à violência. A CSW pediu ao governo colombiano que restabeleça medidas de proteção a líderes religiosos, removidas em 2023.

Segundo o relatório da Defensoria Pública da Colômbia, as ameaças a líderes religiosos aumentaram 50% entre 2023 e 2024. O país ocupa a 34ª posição na lista mundial de perseguição aos cristãos, de acordo com a Open Doors International.

O funeral de Iván García foi realizado no último sábado (11), no Departamento de Zulia, onde ele cresceu. Sua morte deixa um alerta sobre a necessidade de proteção aos líderes religiosos que, em meio a adversidades, continuam promovendo fé e transformação social.

A Colômbia, que ocupa o 46º lugar na Lista Mundial de Perseguição 2025 da Portas Abertas, enfrenta ataques de grupos guerrilheiros ligados ao tráfico de drogas. Líderes religiosos são alvos por serem vistos como influências concorrentes para os jovens. Em comunidades indígenas, cristãos convertidos enfrentam expulsão e discriminação por abandonarem crenças tradicionais.

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