Voluntários de igrejas católicas e evangélicas anunciaram nesta quinta-feira (28), em Belém, a criação da Rede de Hospitalidade com Propósito. A iniciativa vai oferecer leitos gratuitos durante a Cúpula do Clima da ONU (COP-30), marcada para novembro de 2025.
Segundo os organizadores, a plataforma começará a funcionar na primeira semana de setembro e já conta com cerca de 950 vagas cadastradas. Os espaços estão sendo disponibilizados por comunidades religiosas na capital paraense e em municípios vizinhos.
“Todos estavam incomodados e queriam fazer algo, mas não sabiam como começar. A ideia do mutirão chegou na hora certa”, disse Cleide Pinheiro, coordenadora da rede. Ela explicou que o objetivo não é atender delegações oficiais, mas sim a população em geral, jornalistas e integrantes da sociedade civil.
A proposta nasceu há dez dias durante um encontro de empreendedores cristãos em São Paulo e rapidamente recebeu apoio de diferentes denominações. Católicos lembraram a tradição de acolher peregrinos no Círio de Nazaré, enquanto evangélicos destacaram a força da comunidade na região, onde surgiu a Assembleia de Deus no Brasil.
A expectativa é ofertar entre 1 mil e 3 mil vagas já nos próximos dias. Para isso, voluntários estão visitando imóveis, cadastrando quartos e organizando espaços coletivos, como um alojamento em uma chácara da Igreja Batista e outro em uma comunidade católica.
Além das hospedagens gratuitas, outras acomodações com preços considerados justos serão cadastradas na plataforma oficial da COP-30. O site www.hospitalidadecomproposito.org já aceita inscrições de anfitriões interessados.
Cleide criticou a alta nos preços praticados pelo setor imobiliário: “O lucro desonesto é abusivo e desagrada a Deus. Quando se tem vantagem explorando alguém, isso não é adequado, e infelizmente é o que estamos vendo”.
Para ela, Belém perdeu ao apostar apenas no ganho imediato. “Estamos sendo reprovados no teste de hospitalidade, mas a gente ainda pode virar esse jogo. Queremos que a COP-30 deixe um legado de turismo e investimentos para a Amazônia”, afirmou. As informações são do Estadão.
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