Um ano após ser absolvida, a deputada finlandesa Päivi Räsänen, voltou aos tribunais de seu país sob acusação de “discurso de ódio” por expressar as suas crenças cristãs tradicionais sobre o casamento e a sexualidade.
A acusação entrou com recurso contra a decisão anterior para que Räsänen, que já foi ministra de seu país, juntamente com o bispo Juhana Pohjola, sejam criminalizados por suas visões bíblicas.
Aos seus apoiadores, a parlamentar defendeu a liberdade de expressão, religiosa e foi contra a censura.
“Todos deveriam poder partilhar as suas crenças sem temer a censura por parte das autoridades estatais. Com a ajuda de Deus, permanecerei firme”, declarou.
Na semana passada, a promotoria iniciou o processo com argumentos contra os réus, concentrando-se em um livreto escrito por Räsänen há quase duas décadas e afirmando que o conteúdo era “insultuoso” e violava os “direitos sexuais”.
O promotor argumentou que o uso da palavra “pecado” no livreto de Räsänen era “degradante” e que sua interpretação dos versículos bíblicos era “criminosa”.
“A questão não é se é verdade ou não, mas sim se é um insulto”, afirmou o procurador, segundo a ADF International.
“Podemos limitar a liberdade de expressão na expressão externa da religião”, acrescentou a acusação. “Você pode citar a Bíblia, mas é a interpretação e opinião de Räsänen sobre os versículos da Bíblia que são criminosas.”
Paul Coleman, Diretor Executivo da ADF International, esteve presente no tribunal para apoiar os réus.
“Criminalizar o discurso através das chamadas leis do ‘discurso de ódio’ encerra importantes debates públicos e põe em perigo a democracia”, disse ele, segundo o The Christian Post.
Räsänen enfrenta múltiplas acusações relacionadas ao conteúdo do livreto de 2004, à sua participação em um debate de rádio em 2019 e a um tweet contendo versículos bíblicos dirigidos à liderança de sua igreja. Não há resultado ainda desse novo julgamento.
Exibir Gospel /Leiliane Lopes