A cantora e pastora Baby do Brasil gerou grande repercussão ao fazer declarações durante um culto evangélico na casa noturna D-Edge, em São Paulo. Durante o evento, ela enfatizou a importância do perdão, incluindo para vítimas de abuso sexual, dizendo: “Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa.” Suas palavras foram amplamente criticadas, sendo vistas como minimização de crimes graves.
A polêmica aumentou quando um dos convidados do culto fez uma pregação sobre a chamada “cura gay”, gerando ainda mais controvérsia. Nas redes sociais, Baby foi acusada de estimular o perdão incondicional a abusadores, o que poderia desencorajar vítimas a denunciar crimes.
Em resposta às críticas, Baby do Brasil usou suas redes sociais para afirmar que suas palavras foram distorcidas. Ela explicou que o perdão mencionado era de natureza espiritual e não significava isenção de justiça ou impunidade para os agressores. “O perdão a que me refiro não inocenta ninguém nem impede a justiça”, declarou.
A cantora também reforçou que é contra qualquer tipo de abuso e que suas declarações foram tiradas de contexto. Para esclarecer sua posição, Baby publicou um vídeo lendo um trecho da Bíblia sobre perdão, destacando que o ato de perdoar pode ajudar a libertar vítimas de traumas emocionais.
Além disso, Baby negou ser homofóbica e afirmou que cada pessoa deve ser respeitada por suas escolhas. Ela alegou que vídeos editados fora de contexto contribuíram para a má interpretação de suas palavras.
A controvérsia chamou a atenção da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que acionou o Ministério Público contra Baby do Brasil. A parlamentar argumentou que o discurso da cantora poderia desencorajar vítimas de abuso a buscar justiça.
O caso gerou debates intensos sobre os limites da liberdade de expressão e o impacto de discursos religiosos em questões sensíveis, como abuso sexual e direitos LGBTQIA+. A repercussão continua a dividir opiniões entre apoiadores e críticos da cantora.