A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, participou nesta quinta-feira (14) de um encontro com mulheres evangélicas em Salvador (BA). A reunião ocorreu dias após aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrarem preocupação com a decisão dele de não buscar mais o apoio desse segmento.
“De mãos dadas com mulheres de fé, vamos desenvolver soluções e políticas que façam bem para o nosso povo, avançando por um projeto de nação que preza por justiça social, onde ninguém passe fome, onde todas as crianças sejam cuidadas e protegidas, onde nenhuma mulher sinta medo de estar em sua própria casa ou no trabalho”, escreveu Janja ao divulgar imagens do evento nas redes sociais.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também esteve presente. “Junto com as igrejas, precisamos pensar soluções e políticas que façam bem para o nosso povo, avançando por um projeto de nação que faça o que é justo e o que é certo”, declarou. Ela descreveu o encontro como “um momento de escuta”, enquanto Janja o chamou de “manhã especial de diálogo”.
Segundo pesquisa Datafolha, a rejeição a Lula entre os evangélicos subiu de 50% para 55% entre junho e julho. O grupo é considerado um dos mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro e deve ter influência nas eleições de 2026.
Nos últimos meses, Lula parou de citar referências religiosas em discursos, prática que vinha adotando para se aproximar do setor. “Lula cansou”, resumiu um interlocutor ao jornal O Estado de S. Paulo.
Janja, por outro lado, tem intensificado as agendas com evangélicos. No início de julho, esteve com mulheres de igrejas em Manaus (AM) e, um dia antes, participou de encontro com praticantes do Candomblé para lançar um edital voltado ao combate ao racismo ambiental.
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