O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) afirmou nesta semana, em entrevista à GloboNews, que o pastor Silas Malafaia “quer ser preso” ao insistir em ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Otoni, que também é pastor da Assembleia de Deus, disse que não há perseguição religiosa no caso.
“Seria perseguição religiosa só se o pastor Silas estivesse no inquérito da Polícia Federal porque estava orando, evangelizando em praça pública, pregando a palavra de Deus. Não é o caso”, declarou o parlamentar no programa Estúdio i. Para ele, a narrativa de Malafaia busca vitimização.
As falas de Otoni ocorreram após Malafaia depor na Polícia Federal e voltar a chamar Moraes de “ditador”. O líder religioso também declarou que não teme ser preso.
Ex-vice-líder do governo Bolsonaro e da bancada evangélica, Otoni se afastou do núcleo conservador depois de não ter sido escolhido por Bolsonaro para disputar a Prefeitura do Rio em 2024. Desde então, vem defendendo que os evangélicos não devem estar atrelados a partidos ou a lideranças políticas.
Em outubro de 2024, Otoni orou pelo presidente Lula no Palácio do Planalto, durante a sanção da lei que criou o Dia Nacional da Música Gospel. Na ocasião, disse que os evangélicos “não têm dono”, frase que gerou forte reação de Malafaia e de outros aliados de Bolsonaro.
Após o episódio, seu nome chegou a ser cogitado para ocupar um ministério no governo Lula, como parte da tentativa do Planalto de se aproximar do eleitorado evangélico. Apesar das especulações, Otoni afirmou que não pretende apoiar Lula em 2026 e declarou preferência pelo governador Ronaldo Caiado.
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