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01/11/2025

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Martinho Lutero no cinema: Conheça os filmes que retratam a força da Reforma Protestante

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No dia 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha. O gesto simples se tornou um divisor de águas na história cristã, marcando o início da Reforma Protestante. Desde então, o impacto de sua fé, coragem e busca pela verdade inspirou inúmeras produções cinematográficas ao redor do mundo.

O primeiro registro sobre o reformador surgiu ainda na era do cinema mudo. “Lutero” (1928), dirigido por Hans Kyser, foi uma produção alemã que destacou os eventos iniciais da Reforma e a oposição do monge às práticas da Igreja Católica. Apesar das limitações técnicas da época, o filme se destacou pelos cenários e figurinos grandiosos, tornando-se uma das primeiras representações audiovisuais do movimento protestante.

Com o avanço do cinema sonoro, outras versões se sucederam. Em 1953, foi lançado “Martin Luther”, dirigido por Irving Pichel e estrelado por Niall MacGinnis. A produção germano-americana recebeu duas indicações ao Oscar — de direção de arte e fotografia — e se consolidou como uma das representações mais respeitadas da vida do reformador. O filme mostra Lutero enfrentando a venda de indulgências e afirmando que a fé deve se basear apenas nas Escrituras, princípio central da Reforma.

Na década de 1970, a história foi revisitada com “Lutero” (1973), adaptação da peça teatral de John Osborne. Com Stacy Keach no papel principal, o longa dá ênfase aos dilemas pessoais e espirituais do reformador, revelando suas fragilidades humanas e sua busca por um relacionamento autêntico com Deus. A obra traz ainda a participação de Judi Dench como Catarina von Bora, esposa de Lutero.

Já o público contemporâneo passou a conhecer o reformador por meio do filme “Lutero” (2003), protagonizado por Joseph Fiennes. A produção mostra desde sua entrada no monastério até o confronto com as autoridades religiosas, destacando o impacto de suas ideias em uma Europa dividida entre fé e poder. A interpretação sensível de Fiennes apresenta um Lutero humano, que luta contra o medo e encontra na Palavra de Deus uma força libertadora.

Nos últimos anos, o interesse pela figura do reformador ganhou novo fôlego com “O Rugir do Leão” (2021), um documentário que mistura história e investigação teológica. A produção revisita os eventos da Reforma e analisa como as ideias de Lutero continuam a influenciar o cristianismo moderno.

Ao longo de quase cem anos, o cinema tem mostrado que a história de Lutero não é apenas sobre um homem que desafiou a Igreja, mas sobre uma transformação espiritual que mudou o curso da humanidade. Seja em filmes clássicos ou em documentários recentes, a mensagem central continua atual: a fé que liberta e a graça que transforma continuam a ecoar desde aquele 31 de outubro de 1517.

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