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05/11/2025

Entretenimento

Vaticano descarta título de “corredentora” para a Virgem Maria

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O Dicastério para a Doutrina da Fé do Vaticano decidiu que a Virgem Maria não pode ser considerada “corredentora” nem partilhar com Jesus o poder de salvar a humanidade. O anúncio foi feito nesta terça-feira (4) pelo cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, prefeito do órgão, durante a apresentação do documento Mater Populi Fidelis em uma coletiva de imprensa fora do Vaticano.

O texto afirma que o uso do termo “corredentora” é “inoportuno”, pois pode gerar confusão sobre a fé cristã e ofuscar a mediação única de Cristo. O documento também descarta que Maria possa ser chamada de “redentora” ou “mediadora”, esclarecendo que “em sentido estrito, não há outra mediação na graça além da do Filho de Deus encarnado”.

Segundo o Dicastério, Maria deve ser compreendida como “dispositiva na ordem da graça”, com sua proteção maternal ajudando os fiéis a se abrirem à ação divina, mas sem conceder graças por si mesma.

O debate sobre a chamada “corredenção” de Maria divide teólogos há décadas, especialmente entre os mariólogos, estudiosos da figura da Mãe de Jesus. O tema é defendido por setores ultraconservadores da Igreja, que pedem a criação de um novo dogma mariano.

Atualmente, há quatro dogmas reconhecidos sobre Maria: sua concepção sem pecado, virgindade perpétua, maternidade divina e assunção aos céus. Embora João Paulo II tenha usado o termo “corredentora”, Bento XVI evitou o assunto, e o papa Francisco chegou a chamá-lo de “bobagem” em 2019.

Nos anos 1990, uma campanha chamada Vox Populi Mariae Mediatrici recolheu milhões de assinaturas em defesa do dogma, mas a proposta já havia sido rejeitada por uma comissão teológica em 1996, durante o Congresso Mariológico Internacional na Polônia. Com o novo posicionamento oficial, o Vaticano encerra a disputa.

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