Filha de um pastor batista, nascida em uma família humilde, foi na congregação liderada pelo pai, a New Bethel Baptist Church, que Aretha Franklin ensaiou suas primeiras apresentações de canto, quando ainda era uma criança, por volta dos dez anos.
Teve início ali a história da mulher que se tornaria a “Rainha do Soul”, ou de forma mais específica, da música gospel, a segunda maior ganhadora do prêmio Grammy Latino na história e uma das maiores vozes de todos os tempos.
As músicas compostas e cantadas por Aretha Franklin foram muito além do público cristão e negro. Com sua voz marcante e interpretação excepcional, ela alcançou todas as classes sociais, público e diferentes gêneros musicais.
E o melhor é que muitos que não tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho da cantora, poderão assistir em detalhe uma compilação da sua história, no documentário chamado “Amazing Grace”, que será lançado inicialmente no próximo dia 5 de abril nos Estados Unidos, segundo o El Pais.
Em fevereiro passado, no entanto, o público do Festival de Berlim já pode assistir a produção, que foi comentada pelo produtor e realizador do documentário, Alan Elliot:
“A fama é, hoje em dia, um mostro diferente. Fico impressionado com a ideia de que a mulher mais famosa do momento tenha se fechado dois dias numa igreja, sem acompanhantes, representantes ou empresários, sem se esconder atrás de óculos escuros, só para cantar. Hoje não veríamos isso. Hoje me parece impossível.”, disse ele.
O lançamento do filme é muito comemorado, porque ele contém vídeos originais de Aretha Franklin cantando no auge da sua carreira, em 1972. Foram longos 47 anos até que o material fosse compilado e sincronizado corretamente com imagem e áudio, porque inicialmente ocorreram alguns erros que terminaram engavetando a produção.
Ainda não há uma data prevista para o lançamento de Amazing Grace no Brasil, mas certamente os admiradores e curiosos podem conferir que até o trailer ficou de arrepiar. Nele é possível ver a plateia emocionada, enquanto a rainha da música gospel americana solta a voz.
*Com informações de El País.
