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25/11/2024

Global

A perseguição aos cristãos no Kuwait

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Apesar de todas as esferas da vida mostrarem um nível alto ou muito alto de pressão, ela é mais alta na vida privada, família e igreja
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O país está cada vez mais hostil aos cristãos principalmente porque a sociedade tem se tornado mais conservadora

A sociedade do Kuwait está se tornando mais conservadora, produzindo assim um ambiente mais hostil aos cristãos, especialmente ex-muçulmanos. O governo por certo permitirá que isso continue, desde que não se sinta desafiado na administração do poder para apaziguar os grupos islâmicos radicais na sociedade.

A média de pressão aos cristãos permanece em um nível muito alto, subindo de 11,7 para 12,2 pontos. Esse aumento na pontuação é principalmente devido a novos relatórios e uma reavaliação da situação no país em comparação aos países vizinhos no Golfo.

Embora todas as esferas da vida mostrem níveis de pressão alta ou muito alta, ela é maior na vida privada, família e igreja. Isso reflete, por um lado, as dificuldades da situação para convertidos que enfrentam um alto nível de pressão de seus parentes e não podem ter um casamento oficial ou funeral cristão.

Por outro lado, na igreja é difícil para cristãos convertidos e expatriados, já que proselitismo e integração de convertidos ex-muçulmanos são socialmente inaceitáveis. A pontuação para violência passou de 1,5 para 0,7 devido principalmente a menor quantidade de relatos de violência registrados.

Papéis na sociedade
O Centro de Justiça Tahirih é uma organização não governamental que fornece gratuitamente serviços jurídicos, sociais, médicos e de referências para imigrantes, mulheres e meninas que estão fugindo da violência de gênero e da perseguição. Segundo a organização, o abuso doméstico, especialmente contra mulheres, é visto como sendo difundido no Kuwait. A violência doméstica é considerada um assunto familiar, não havendo leis específicas para isso. E, provavelmente, as autoridades não farão nada quanto a isso.

O papel das mulheres na sociedade é muito limitado. Elas, com frequência, não têm uma chance no casamento. Nesse tipo de cenário, não é difícil imaginar o que acontece com cristãs que trabalham como domésticas. Em março de 2017, um vídeo forte foi publicado, mostrando uma doméstica etíope caindo de uma janela. A pessoa que filmava não tentou ajudá-la. Os maus-tratos a trabalhadores imigrantes, incluindo abuso sexual, permanecem, portanto, uma questão importante. Apesar de não estar primariamente relacionado à fé, alguns afirmam que trabalhadoras domésticas imigrantes não muçulmanas, são mais vulneráveis a tais abusos que muçulmanas.

Mulheres cristãs permanecem muito vulneráveis, já que mulheres no geral no Kuwait são tratadas como sendo inferiores aos homens. O tribalismo também afeta o nível de perseguição experimentada por convertidos do islamismo para o cristianismo. Essa perseguição afeta em sua maioria meninas e mulheres. Uma importante restrição legal a mulheres ex-muçulmanas é o fato que elas não podem se casar legalmente com um não muçulmano.

Já os homens estão principalmente sujeitos à discriminação e hostilidade no ambiente de trabalho. Por meio do sistema Kafala, os trabalhadores estrangeiros são completamente dependentes de seus empregadores, que os fazem vulneráveis a práticas escravas. Além disso, homens convertidos são geralmente isolados por suas famílias, perdendo seu respeito e a ajuda financeira. Sem o auxílio da família, é difícil procurarem ou manterem seus empregos, enquanto casamentos se tornam quase impossíveis. Esposas de homens convertidos podem se divorciar e eles também podem perder a custódia dos filhos e os direitos de herança.

Fonte: Portas Abertas

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