Grupos islâmicos espalham sua ideologia em todas as esferas da sociedade afegã buscando adeptos
Enquanto o governo do Afeganistão está envolvido em negociações de paz com o movimento linha-dura do Talibã, grupos radicais islâmicos espalham sua ideologia nas universidades. Basira Akhtar, uma estudante de 22 anos, foi agredida duas vezes no início do ano na universidade, na capital Cabul, quando seu lenço escorregou de sua cabeça. Em ambos os casos, ela foi acusada de ser uma má muçulmana e de promover o cristianismo.
A radicalização islâmica está crescendo, também, entre os professores. Enquanto isso, autoridades confirmam que grupos radicais como o Estado Islâmico (EI) usam universidades para disseminar sua ideologia e recrutar novos combatentes. Desde que o EI foi expulso do Iraque e Síria, está se expandindo no Afeganistão.
“O núcleo [de militantes do EI no Afeganistão] consiste em grupos descontentes do Talibã. Eles tentarão atacar o país, assim como o casal indonésio que bombardeou a catedral em Jolo, nas Filipinas, em janeiro”, disse um analista de pesquisa da unidade de observação mundial da Portas Abertas. “Para os cristãos, isso basicamente significa que eles precisam continuar a manter sua fé escondida o melhor possível”, acrescentou.
Emirado Islâmico do Afeganistão
O EI é visto como a maior ameaça das autoridades de segurança do Afeganistão. No entanto, é o grupo islâmico linha-dura do Talibã que continua a lançar ataques mortais no próprio país. Na primeira semana de agosto, 15 pessoas foram mortas e outras 150 ficaram feridas em uma explosão de bomba em frente a uma delegacia de polícia na capital Cabul, conforme relatado pela BBC.
O grupo Talibã, que se chama o Emirado Islâmico do Afeganistão, controlava a maior parte do país onde implementou a sharia (conjunto de leis islâmicas). Isso foi até a invasão liderada pelos EUA em 2011, após os ataques de 11 de setembro, que levaram o grupo a se transformar em um movimento de insurgência. Enquanto está envolvido em mais uma rodada de negociações de paz com os EUA e o governo de Cabul, o Talibã está empenhado em “enfatizar seu poder e mostrar que o governo é fraco e incapaz”, destaca o analista.
É ilegal ser um cristão na maioria muçulmana (99%) do Afeganistão, que é o segundo na Lista Mundial da Perseguição 2019. No país, outras minorias religiosas, como os hindus, também experimentam as mesmas limitações que os cristãos, mas com mais “tolerância”, pois não são consideradas ocidentais. Você pode se unir a nós pelos cristãos do Afeganistão?
Pedidos de oração
- O Afeganistão não permite conversões, pois são vistas como apostasia e vergonha para a família e comunidade. Peça pelos cristãos que vivem sob ameaça no país.
- Clame em favor de uma mudança no Afeganistão. Peça por abertura religiosa, além do islamismo.
- O aumento no nível da violência gera um senso geral de insegurança e não há sinais de melhora previsível para o futuro. Peça por estabilidade e paz no Afeganistão.
Fonte: Portas Abertas