No começo do ano de 1957, Antônio Martins Villas Boas assumiu uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), se tornando assim o primeiro ministro evangélico que ocupou uma cadeira na mais alta instância do poder judiciário brasileiro.
Ligado à Igreja Batista, o Villas Boas recebeu uma homenagem no “O Jornal Batista” datado de 1º de fevereiro daquele ano. A Folha de São Paulo teve acesso à edição e pode ver que o ministro era conhecido por ser “um crente fiel em Jesus Cristo”.
Indicado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, não há informações de que a escolha tenha tido razões religiosas como foi a de André Mendonça.
O que se sabe, porém, é que Villas Boas não deixou de citar sua fé em seu discurso de posse, afirmando que suas ações teriam “a nota inconfundível do Eterno Senhor”.
Na história do ministro batista também vemos que entre 1965 e 1966 ele foi escolhido como presidente do STF.
Nascido em 1896, Antônio Martins Villas Boas teve uma carreira jurídica sem manchas, sendo nomeado como Juiz Municipal em Miraí (MG), foi prefeito de Araxá (MG) e anos mais tarde passou a integrar o time de juízes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Villas Boas faleceu em 10 de novembro de 1987 e em sua homenagem o distrito de Córrego Preto, onde ele nasceu, recebeu o nome de Vilas Boas. Há também em Belo Horizonte uma rua que homenageia o primeiro ministro evangélico do país, situada no bairro de Mangabeiras.
Outras informações sobre a vida do ministro Villas Boas podem ser lidas aqui.
Por: Leiliane Lopes