BRASÍLIA – A bancada evangélica do Congresso se reuniu na manhã desta quinta-feira para eleger seu presidente pelos próximos dois anos. Foi fechado um acordo por uma liderança compartilhada: Cezinha da Madureira (PSD-SP) será presidente no próximo ano e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), no ano seguinte.
Ambos são ligados à Assembleia de Deus, mas em denominações rivais. Sóstenes é apadrinhado do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVC). Já Cezinha é próximo de Samuel Ferreira, influente líder da Assembleia de Deus Madureira.
Embora a eleição ocorra formalmente na manhã de hoje, a definição foi anunciada em um jantar na noite desta quarta-feira em Brasília. Estavam presentes os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), André Mendonça (Justiça), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Milton Ribeiro (Educação) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Na última eleição, em 2018, Cezinha da Madureira e Sóstenes Cavalcante também queriam ser candidatos e disputaram entre si nos bastidores. Para evitar conflitos, optou-se por um terceiro nome: Silas Câmara (Republicanos-AM). Ele também é da Assembleia de Deus, embora seu partido seja ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
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Como mostrou o GLOBO na época, Silas Câmara já foi condenado pela Justiça por uso de documento falso e por improbidade administrativa, além de responder por outros processos. Ele permaneceu pelos dois anos à frente da bancada evangélica no Congresso Nacional.
Cezinha e Sóstenes têm se destacado na articulação pela frente evangélica. Ambos são próximos do presidente Jair Bolsonaro. O grupo conseguiu vitórias importantes na atual gestão do governo federal, como a anistia das multas impostas às igrejas pelo não pagamento da contribuição previdenciária. Fonte:https://extra.globo.com/noticias