Nesta quarta-feira (2), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4606/19 que proíbe qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia. O texto é de autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) que sugeriu o projeto para evitar a criação da chamada “Bíblia Gay” que supriria das Escrituras os versículos que condenam a prática.
“Não se pode permitir possibilidades para que nunca esse livro sagrado seja tocado em nenhum momento da nossa existência, por isso nossa legítima preocupação em tombar esse texto com um projeto no Parlamento”, explicou o deputado.
Na discussão do texto, o projeto ganhou a relatoria do deputado Eli Borges (PL-TO) que aprovou a proposta de Isidório e deu voto sobre defender a fé da maioria da população brasileira.
“Somos, portanto, milhões de brasileiros que temos os ensinamentos e a obediência aos preceitos da Bíblia sagrada como dogma da nossa fé”, disse Borges após citar que pelo menos 87% dos brasileiros confessam a fé cristã.
Deputados de esquerda foram contra o projeto. A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), por exemplo, falou contra a proposta.
“Se não pode haver alteração, então qualquer material didático com ilustrações para crianças não poderá ser editado. Não poderemos colocar uma religião ao abrigo de outras religiões”, declarou ela.
Redação