Crianças chinesas com bíblias infantis / Foto: American
Bible Society)
CHINA – As autoridades do governo do Partido Comunista
Chinês (PCC) estão proibindo as reuniões educacionais para crianças cristãs e
obrigando as igrejas a pararem de organizar acampamentos de verão.
De acordo com dados da União da Ásia Católica News (UCAN),
uma congregação foi forçada a cancelar seu acampamento de verão depois de ter
sido divulgado, enquanto outra igreja que manteve seu acampamento em secreto,
pôde continuar sem incidentes.
O Uca News também informou que uma Escola Bíblica de Férias
(EBF) – atividade realizada por igrejas durante as férias de verão – estava
sendo transferida de um município maior para um menor no interior, por medo de
retaliação.
Para contornar as inspeções governamentais, muitas igrejas
passaram a oferecer “creches”. O argumento utilizado por elas é que “os pais
trabalhadores não podem cuidar de seus filhos durante as férias de verão e,
portanto, a congregação cristã organiza atividades para eles”.
Perseguição aos cristãos – A ação do governo do Partido
Comunista Chinês é parte de medidas cada vez mais rigorosas para limitar a
influência das igrejas no desenvolvimento das crianças. Muitas vezes, os cultos
das igrejas são boicotados ou igrejas são fechadas.
As escolas chinesas dizem às crianças que elas devem
acreditar no Partido Comunista Chinês (PCC) e que não precisam de religião
alguma”, denunciou um cristão da província de Henan ao Uca News.
Representantes do governo, liderados por um secretário local
do Partido Comunista Chinês, fiscalizam as vilas para que não haja textos
bíblicos em locais públicos ou nos exteriores das igrejas e nem cruzes
expostas.
Em junho deste ano, o site de notícias Christian Headlines
relatou que as igrejas chinesas que podem permanecer abertas devem usar
material do governo. Por exemplo, uma nova coleção de canções pró-comunista, na
qual os hinos originais foram radicalmente adaptados à mensagem comunista.
As autoridades locais no país estão sendo forçadas pelo
Partido Comunista Chinês a registrar e monitorar o número de pessoas que
“acreditam em Deus”. O governo chinês tem medo de que o número de cristãos
esteja crescendo tão rápido, que a visão do partido possa ser rejeitada e a
autoridade do Estado minada.
Direitos humanos na China – A China define o direito como um
aspecto de uma sociedade imperfeita. A sua Constituição e leis são elementos
secundários do regimento governante da sociedade. O comunismo, ainda existente,
é defensor da supremacia de um interesse coletivo sobre o individual. E como
consequência, os direitos humanos são constantemente violados neste país.
Conforme a organização internacional cristã holandesa,
Portas Abertas, que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos
por sua fé, a China ocupa a 27º posição na Lista Mundial da Perseguição aos
Cristãos de 2019.
A China com os seus 1,4 bilhão de habitantes, possui 97,2
milhões de cristãos.
Nos últimos anos, tem-se agravado continuamente a opressão
comunista sentida por essa comunidade cristã chinesa. A prática de espionagem,
campanhas, detenções, ataques e agressões são as formas mais regulares de
perseguição.
Alguns exemplos concretos, são a expulsão de missionários
estrangeiros, vistos anuais recusados ao tentarem renová-los, a destruição de
cruzes no exterior tanto de igrejas, prédios ou residências, o cancelamento de
contratos de aluguel com igrejas e até mesmo o monitoramento de celulares e a
sua extração de dados.
*Fonte: Conexão Política