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25/11/2024

Global

Controle do governo leva pastor chinês ao suicídio

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Polícia invade a Igreja Rongguili, em Guangzhou, na China / Foto: Reprodução

CHINA – O reverendo Song Yongsheng, que liderou uma igreja na província chinesa de Henan, se jogou do telhado depois de dizer que foi “um fracasso” tentar trabalhar com o governo. O regime chinês aplica políticas estritas em torno da prática da religião e exige que para funcionar, todas as igrejas precisam estar registradas no Departamento de Assuntos Religiosos, o que efetivamente as mantém alinhadas com os ideais comunistas.

De acordo com a China Aid, Song era presidente do Movimento Patriótico Three-Self de Shangqiu (TSPM) e presidente do Conselho Cristão da China (CCC), duas organizações oficiais do governo que regulam o coletivo de igrejas aprovado pelo estado.

Em sua carta de suicídio, o pastor Song disse que tentou convencer as autoridades chinesas a abrir um caminho para o movimento de todas as igrejas, a fim de melhorar o bem-estar delas, sem registro ou não, e fazer a ponte entre os dois. “Esse objetivo”, disse ele, “tornou-se impossível de ser alcançado, com as autoridades permanecendo comprometidas em criminalizar os cristãos que se recusaram a se curvar diante do governo”.

O controle constante, a opressão e a falta de cooperação demonstrada pelo regime comunista o deixaram “exausto”, escreveu Song.

Segundo a Asia News, todas as informações sobre a morte prematura do pastor foram censuradas pelo governo chinês. “O funeral foi controlado por agentes do governo, que ao mesmo tempo censuravam qualquer referência ao homem nas redes sociais”, observou o relatório, acrescentando que o corpo do ministro foi imediatamente cremado após sua morte.

Sabendo que eles seriam despojados de sua verdadeira identidade cristã, imensas faixas de igrejas cristãs se rebelaram contra o controle do governo e foram forçadas a se tornar “clandestinas” como resultado.

Essas congregações ilegais enfrentam diariamente a opressão e a perseguição por simplesmente crer em Jesus. Uma dessas igrejas nessa situação é a Early Rain Covenant, em Chengdu, Sichuan.

O governo tem tentado implacavelmente impedir as atividades do ministério da igreja, intimidando, prendendo e até mesmo torturando fiéis. Ainda assim, eles se recusam a deixar de adorar.

Nos últimos anos, o governo chinês introduziu uma campanha de “Sinicização” que visa alterar as religiões, a fim de alinhá-las com a agenda do Partido Comunista. Novos regulamentos foram instituídos, trazendo religiões sob maiores restrições e perseguindo aqueles que não cumprem as determinações do governo, mesmo que estejam simplesmente praticando sua fé.

O pastor sênior Wang Yi enfrenta um longo conjunto de acusações e atualmente está detido sem fiança.

*Com informações de Faithwire

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