Em países de maioria islâmica – que historicamente já perseguem cristãos – a mulher se encontra em dupla vulnerabilidade: por ser mulher e por se tornar cristã
Os cristãos ex-muçulmanos são provavelmente a maior e mais vulnerável parte da Igreja Perseguida. Pois, mesmo em países de maioria islâmica onde há uma comunidade cristã reconhecida historicamente (como Egito, Irã, Iraque e Síria), o peso da perseguição sempre cai com mais força sobre os que deixam o islamismo para seguir a Jesus.
Assim como o gênero define o papel que um indivíduo deve cumprir em uma sociedade, ele também dita as formas de perseguição que um cristão enfrenta. Em regiões do Oriente Médio e do Norte da África, onde a cultura islâmica é predominante, as meninas são criadas para sair da casa dos pais apenas quando se casarem, e as mulheres devem ser obedientes ao marido e irrepreensíveis no cuidado com os filhos.
Nesse contexto, a vulnerabilidade da mulher que se converte é ainda maior.
O cotidiano de uma mulher muçulmana no Norte da África é carregado de desafios. Entretanto, se ela for filha de um líder religioso, a pressão social aumenta ainda mais. Sarah* sentiu isso na própria pele ao nascer em uma família muito religiosa, na qual o pai é um imã — autoridade religiosa islâmica —, responsável por dirigir e ensinar a comunidade. Procurando por uma religião que fizesse sentido a ela, encontrou uma comunidade cristã no Facebook e se tornou, também uma cristã. A partir daí, a perseguição contra ela se acirrou. O pai de Sarah encontrou uma Bíblia escondida, a agrediu e a expulsou de casa.
Sarah foi acolhida por uma família cristã e amparada pela Portas Abertas. Mas a perseguição não cessou — o pai da cristã espalhou na comunidade que ela tinha fugido com um homem e maculou a imagem dela.
Veja mais sobre o testemunho dessa cristã neste vídeo.
Restauração
Após anos de humilhação e sem o apoio da família, Sarah recebeu apoio da Portas Abertas através de um projeto chamado Restauração.
Desde 2018, os parceiros da Portas Abertas em países no Norte da África promovem o programa Restauração. Nele, as mulheres descobrem a real identidade que têm em Cristo e sabem que nada pode mudar isso. Elas constroem a vida baseadas nas verdades bíblicas e não nos princípios de uma determinada cultura. Logo, os efeitos causados pela pressão e pela violência religiosa não têm poder de prevalecer para aqueles que pertencem ao Reino de Deus.
Para saber mais sobre este projeto e como ajudar as cristãs perseguidas que são apoiadas por ele, acesse o link do projeto Restauração de Mulheres no site da Portas Abertas.
Fonte: Portas Abertas