Grupo de LGBTs com bandeiras (Foto: Reprodução)
INGLATERRA – O escritor John Stonestreet, presidente da
Colson Center for Christian Worldview, faz uma análise de certos aspectos da
sociedade moderna na qual, segundo ele, muitas situações que anteriormente eram
inimagináveis passaram, de forma mais rápida, para inquestionáveis. “Isso
apenas nos últimos anos. Embora as demandas mais recentes da Revolução Sexual
sejam mais radicais do que nunca, as pessoas parecem estar adotando-as mais
rapidamente”, diz.
Em sua análise ele diz que quando o jornalista Andrew
Sullivan se tornou o primeiro caso de casamento entre pessoas do mesmo sexo, em
1989, “a noção era considerada além da margem, e permaneceu assim por cerca de
duas décadas”.
Já, em 2012, a maioria dos americanos se dizia a favor do
casamento homossexual e, três anos depois, isso se tornou “um direito
constitucional”.
Stonestreet diz que “hoje, a oposição ou mesmo a
ambivalência ao casamento entre pessoas do mesmo sexo é considerada além do
limite”. Para o escritor, o ritmo de mudança em questões sexuais só acelerou.
“O transgenerismo foi considerado além do limite quando o casamento entre
pessoas do mesmo sexo foi legalizado, e eu prevejo que a aceitação do poliamor
pode acontecer ainda mais rápido”, diz.
Stonestreet conversou com o sociólogo Mark Regnerus, da
Universidade do Texas, sobre estudo que explica esse “rápido e completo colapso
do antigo consenso moral.”
Ascenção dos não religiosos – No Podcast do BreakPoint,
realizado esta semana, a conversa girou em torno do recente artigo do Public
Discourse, onde Regnerus escreveu: “Como a ascensão de americanos não
religiosos afeta o sexo e o casamento: evidências comparativas a partir de
dados de novas pesquisas”.
Logo após as eleições de meio de mandato de novembro de
2018, Mark Regnerus perguntou a três grupos – católicos, protestantes
evangélicos e não religiosos – sobre suas opiniões relativas a casamento,
família e sexualidade. Ele comparou suas respostas com as de uma pesquisa que
ele realizou três anos antes.
O que Regnerus descobriu foi que os não-religiosos estão
agora mais propensos a ter opiniões “progressistas” sobre casamento, família e
sexualidade, especialmente quando comparados a católicos e evangélicos
autoidentificados.
Por exemplo, 24% dos não-religiosos concordaram com a
afirmação “o casamento está desatualizado”, comparado a apenas 10% dos
católicos e 2% dos evangélicos.
Da mesma forma, os não-religiosos eram três vezes mais propensos
a dizer que as relações poliamorosas eram boas em comparação com os católicos e
dez vezes mais prováveis em comparação com os evangélicos.
E os não-religiosos foram oito vezes mais propensos que os
evangélicos a dizer que “às vezes o sexo extraconjugal pode ficar bem”.
É claro que a forte relação entre a observância religiosa e
a visão deles sobre casamento, família e sexo não é surpresa. O que torna o
estudo de Regnerus tão revelador é a rapidez com que o número de pessoas que se
identificam como não religiosas aumentou rapidamente.
Em 2015, eles responderam por 15% dos entrevistados. Quatro
anos depois, eles somavam 20%, um aumento de um terço em apenas quatro anos.
Os não religiosos são frequentemente chamados de “nones” e é
importante lembrar que relativamente poucos deles são ateus ou agnósticos.
Muitos acreditam em coisas como astrologia e bruxaria e muitos se consideram
bastante espirituais. Mas eles rejeitam tradições e instituições religiosas
autoritativas e adotam cada vez mais visões progressistas sobre questões
sociais.
Sociedade liberal – Mas a tendência ainda mais “ameaçadora”
deste estudo é que, embora exista uma disparidade significativa nas visões
entre os religiosos e os não religiosos, os religiosos também estão
apresentando tendências de crescente liberalização. “Católicos testemunharam a
liberalização de atitudes”, diz Regnerus, embora “os números evangélicos
apresentem um aumento mais modesto”.
Regnerus conclui que os cristãos parecem estar se tornando
mais cúmplices na Revolução Sexual, ou pelo menos mais calados sobre seus
receios, ano após ano.
*Com informações de Christian Headlines