Zachary Vorhies é ex-funcionário do Google / Foto: Project
Veritas
ESTADOS UNIDOS – Um ex-funcionário do Google está alegando
que o gigante da tecnologia estabeleceu uma lista negra de centenas de sites
conservadores e cristãos a terem seu alcance limitado e assim impulsionar uma
agenda progressista.
Zachary Vorhies, que está levando seu depoimento ao
Departamento de Justiça, disse à organização investigativa ‘Project Veritas’
que entregou cerca de 1.000 páginas de documentos do Google, seu antigo
empregador, à divisão antitruste – relativa à legislação que impede ou controla
trustes ou outros monopólios, com a intenção de promover a concorrência nas
empresas – do Departamento de Justiça.
Vorhies diz que trabalhou no Google por oito anos e que seus
documentos mostram que o gigante da tecnologia manipulou seus algoritmos para
que seu mecanismo de busca fosse tendencioso contra a mídia conservadora e
cristã. “A razão pela qual coletei esses documentos é porque vi algo obscuro e
nefasto acontecendo com a empresa”, explicou Vorhies. “Senti que todo o nosso
sistema eleitoral seria comprometido para sempre por esta empresa que disse ao
público americano que não iria fazer mal nenhum. E eu vi que eles estavam
fazendo movimentos realmente rápidos, não apenas nos documentos, mas também nos
relatórios internos que os executivos davam à empresa”.
“Eles pretendiam esculpir o cenário da informação para que
pudessem criar sua própria versão do que era objetivamente verdadeiro”, disse
ele.
Os documentos entregues por Vorhies mostram que os sites
contidos na “lista negra” do Google incluem importantes vozes conservadoras
como Glenn Beck, Rush Limbaugh e Michelle Malkin. A lista também inclui sites
conservadores como ‘Daily Caller’ e ‘RedState’, além dos cristãos
internacionais, como ‘The Christian Post’, ‘Patheos’ e ‘Christian Today’.
Em dezembro do ano passado, o CEO do Google compareceu ao
Congresso e declarou que a empresa é “politicamente neutra”. Falando sobre os
algoritmos de busca da empresa, ele disse: “Nossos algoritmos não têm noção de
sentimento político”.
Mas Vorhies diz que os documentos mostram o contrário.
Alguns dos documentos estão disponíveis para visualização online. “Eles estão
dizendo às pessoas que não têm listas negras, não têm nenhuma ideologia
política e não têm nenhum preconceito político”, disse ele. “Mas é muito claro
que eles têm tudo isso. E se o Google quiser ter preconceito político, esse é o
direito deles como empresa. Mas eles fazem juramento e dizem que essas listas
negras não existem”.
“Mas existem! Bem, funcionários como eu são capazes de
pesquisar através do sistema de busca interno da empresa e ver que eles são
hipócritas, pelo menos. E esse juramento é falso ou completamente violado”,
destacou.
Estratégia – Vorhies disse ao ‘Project Veritas’ que ele estava ganhando US$ 260.000 por ano (cerca de US$ 21.000 por mês) no Google, mas que se afastou porque queria fazer a coisa certa.
Ele disse que teme por sua vida depois de avançar com suas
denúncias nas últimas semanas. O ex-funcionário do Google disse ao site de
investigação que ele criou um “Dead Man’s Switch” para liberar todas as
informações para o público no caso de sua morte. Vorhies disse que notificou o
Google sobre seu plano.
O site cristão CBN News está entrando em contato com o
Departamento de Justiça para mais informações sobre este caso.
Glenn Beck, CEO do site The Blaze, apareceu na edição de
quinta-feira do programa Newswatch da CBN para discutir a alegação de que os
sites de sua empresa estão na lista negra do Google.
Glenn Beck, CEO do site The Blaze, disse à CBN News na
quinta-feira que não está surpreso se essa lista negra realmente existir. “Isso
é algo que estamos alertando e estamos falando há algum tempo”, explicou Beck.
“Nós sabemos que eles estão banindo para o exterior e eu acho que é realmente
mais do que um despersonalizador de pessoas.”
“É muito reminiscente da China. Sabemos que isso está
acontecendo abertamente para as pessoas”, disse Beck. “E eles estão ficando
cada vez mais sutis com seus algoritmos. Isso representa um grande perigo para
nossa república.”
Quando perguntado sobre o depoimento do CEO do Google ao
Congresso no ano passado, Beck pediu aos telespectadores que estudem o estudo
de Harvard feito pelo professor Epstein, um defensor de Hillary Clinton, mas
que começou a acompanhar o Google e o que eles estavam fazendo e manipulando
resultados de pesquisa. “Ele disse que apenas alterando os primeiros cinco
resultados da pesquisa, você pode pegar alguém que está indeciso e pode
movê-los para um campo ou outro”, observou Beck. “E ele tem evidências de que
eles fizeram isso durante a eleição de 2016, e ele está tocando a campainha de
advertência o mais forte possível para que a democracia ou nossa república
possam estar em suas últimas etapas por causa da manipulação de algoritmos”.
Questionado sobre como sua organização reagiria à suposta
lista negra do Google, Beck respondeu: “Estou chegando ao ponto em que sei o
que está por vir. Nosso trabalho é alertar as pessoas de que isso está
acontecendo. E para reunir todas as vozes sob o The Blaze e juntar as mãos e
braços e apoiar uns aos outros, porque estamos sendo expulsos da praça pública
na cobertura da escuridão”.
*Com informações de CBN News