Ele se posicionou contra fechamento de igreja e proibição de professores de minorias religiosas trabalharem no ensino infantil
Um conselheiro jurídico do presidente do Irã questionou publicamente a legalidade do recente fechamento de uma igreja e a proibição de professores de minorias religiosas trabalharem em escolas de educação infantil. Os comentários de Aliakbar Gorji Azandaryani foram publicados em dois artigos no site do governo.
No primeiro artigo, ele pediu ao governador da província de Azerbaijão Ocidental para reconsiderar o fato de a Igreja Assíria de Tabriz ter sido obrigada a fechar no mês passado, tendo a cruz removida da torre da igreja. No segundo, ele questionou a legalidade da decisão da Organização para o Bem-estar Social, de proibir professores de minorias religiosas de dar aula em escolas de educação infantil.
Sobre o fechamento da igreja de Tabriz, o conselheiro disse que tinha “sérias dúvidas sobre sua legalidade”, apontando para artigos da Constituição do Irã, que afirma que minorias religiosas são reconhecidas e livres para realizar suas cerimônias religiosas. “Portanto, a ordem [de fechamento da igreja] é uma clara violação da Constituição e dos direitos das minorias religiosas reconhecidas”, disse ele.
Quanto ao caso dos professores, Azandaryani também se referiu a vários artigos da Constituição, dizendo que considera a ação ilegal. Ele chamou a atenção para o fato de que a Constituição garante a todos os cidadãos o direito de ter “emprego a sua escolha, sem preconceito ou discriminação” e continuou: “Espera-se que a ordem seja retirada”. Ele ressaltou também que “tanto oficiais do Legislativo como do Executivo levantaram sérias objeções aos recentes movimentos contra os direitos das minorias religiosas”
Fonte: Portas Abertas