Não é novidade para ninguém que o cenário da pandemia afetou a todos. Neste aspecto, o Instituto LIVRES alerta para queda de 53% nas doações. Segundo o CEO da organização, Clever Murilo Pires, a redução pode atingir direta ou indiretamente as cerca de 37 mil pessoas atendidas pelos projetos no sertão do Piauí.
Empresas, pessoas, famílias, escolas e seus alunos, o mercado econômico, hospitais e praticamente todas as demais organizações do país também sofrem com os reflexos da crise sanitária. Mas, por certo, a população vulnerável foi a mais impactada e continua sofrendo com a situação.
“Se por um lado celebramos a queda do número de mortos pela COVID-19, no outro lado temos que lidar com seus impactos. O número de desemprego continua altíssimo, itens básicos estão cada dia mais caros e o preço de insumos primários, como o combustível e a energia não param de subir”, afirma o CEO do LIVRES.
Segundo ele, devido às proporções econômicas da crise, a onda não atingiu somente a organização, mas também os investidores e parceiros, “o que explica os reflexos da redução em todos os setores”, analisa Clever.
“Chegamos a cogitar o encerramento de muitos projetos. Porém, de nada adianta ficarmos parados enquanto existem pessoas que necessitam de nossa ajuda. Sendo assim, resolvemos retomar a campanha SOS LIVRES para angariar fundos emergenciais”, anuncia o CEO.
Dados revelam perfil dos doadores no Brasil
Os dados da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, coordenada pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e realizada pelo Ipsos, comprovam que a doação encolheu no Brasil, em todas as suas formas, desde a doação em dinheiro, até a doação de bens e de tempo (trabalho voluntário).
Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Quando se trata de doação em dinheiro, a proporção caiu de 52% para 41%. E no caso de doações para organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37%.
No entanto, as doações geralmente são pontuais e, principalmente, para causas que abrangem pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social. Ainda de acordo com a pesquisa, além do perfil doador, o dinheiro é a forma preferida de doar, sendo que o valor médio ficou em R$ 617 por pessoa.
As ações solidárias mais frequentemente realizadas foram para igrejas ou organizações religiosas; seguida de doações diretas para as pessoas necessitadas e, em terceiro lugar, as doações em dinheiro para organizações sem fins lucrativos.
SOS LIVRES
Por isso, o LIVRES segue acreditando na capacidade de doação daqueles que confiam no trabalho realizado e decidiu manter o SOS LIVRES, campanha que visa levantar um exército de pessoas que acreditam nas causas sociais e projetos e desejam construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
“Sabemos bem que todos nós vivemos momentos muito difíceis, principalmente na área financeira. Porém, acreditamos na força da mobilização coletiva e sabemos que juntos podemos ir bem mais longe”, conclui.
Para participar da campanha, acesse o site da organização: https://doe.institutolivres.org.br/
Baixe a publicação completa da Pesquisa Doação Brasil: bit.ly/doacaobr2020
Sobre o Instituto LIVRES
O Instituto LIVRES é uma organização do terceiro setor que atua desde 2006 com propósito de oferecer desenvolvimento integral às comunidades que habitam em áreas do sertão do Brasil, mais especificamente no estado do Piauí. Fundado pelo músico e compositor Juliano Son, o instituto realiza diversas ações que promovem mudanças efetivas nas condições físicas, emocionais e espirituais das pessoas impactadas. O relatório completo com as ações desenvolvidas em 2020 está à disposição para download no site institutoLIVRES.org.br
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