Rafael Peretz, ministro da Educação de Israel / Agência
France-Presse – Getty Images
ISRAEL – O novo ministro da Educação de Israel está sendo
criticado pela mídia, por outros políticos e pelos ativistas LGBTs, por
defender a terapia de conversão para jovens gays, a chamada “cura gay”.
Rafael Peretz, um rabino ortodoxo e líder de uma aliança
política de direita, incluindo o partido religioso judeu Home, foi nomeado
ministro da Educação no governo interino de Israel há apenas três semanas.
Ele fez os comentários em uma entrevista na televisão
transmitida no sábado no noticiário noturno do Channel 12. Ele também alegou
que ele havia realizado esse tipo de “terapia”.
Perguntado se ele acreditava que era possível mudar a
orientação sexual das pessoas, ele disse na entrevista: “Eu acho que é
possível. Posso dizer que tenho uma familiaridade muito profunda com esse tipo
de educação e também fiz isso”.
Ele passou a descrever como ele havia aconselhado um aluno
que veio até ele. “Primeiro eu o abracei e pronunciei palavras muito calorosas
– vamos pensar, vamos aprender, vamos contemplar”, ele disse.
Ele acrescentou que o objetivo era que o aluno “antes de
tudo se conhecesse bem”. Então cabia ao estudante decidir, ele disse. À medida
que crescia a crítica sobre suas declarações, Peretz, um ex-rabino-chefe
militar e educador, procurou esclarecer sua posição.
Ele escreveu no Twitter que não estava sugerindo que
crianças fossem enviadas para a terapia de conversão, mas que ele havia se
encontrado ao longo dos anos com estudantes em dificuldades sobre sua
identidade sexual e “que escolheram usar profissionais para mudar sua
orientação”.
Em um longo post no Facebook no domingo, Peretz, que é novo
na política, acrescentou que suas palavras foram retiradas do contexto e que
ele estava sentado para uma entrevista de três horas na câmera pela primeira
vez em sua vida, dos quais 10 minutos foram ao ar.
Ele acusou seus críticos de explorar cinicamente o período
eleitoral para “ganhar capital político em cima da comunidade LGBT”. Israel se
prepara para uma eleição em 17 de setembro.
*Com informações de The New York Times