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02/12/2023

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ONU declara 22 de agosto como Dia Internacional das Vítimas de Violência Religiosa

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Sede da ONU, nos Estados Unidos / Foto: Divulgação

ESTADOS UNIDOS – A Assembleia Geral da ONU declarou 22 de agosto como o Dia Internacional em Comemoração das Vítimas de Atos de Violência Baseada na Religião ou Crença.

A resolução foi co-patrocinada pela Polônia, Brasil, Canadá, Egito, Iraque, Jordânia, Nigéria, Paquistão e Estados Unidos, e adotada por consenso pelos 193 membros da entidade na terça-feira, 28 de maio.

A ONU lamentou “todos os atos de violência contra as pessoas com base na sua religião ou crença, bem como quaisquer atos dirigidos contra as suas residências, empresas, propriedades, escolas, centros culturais ou locais de culto, bem como todos os ataques em lugares religiosos, locais e santuários que violam o direito internacional”.

“O terrorismo e o extremismo violento em todas as suas formas e manifestações não podem e não devem estar associados a nenhuma religião, nacionalidade, civilização ou grupo étnico”, acrescenta a resolução.

O documento enfatiza que “a liberdade de religião ou crença, liberdade de opinião e expressão, o direito à reunião pacífica e o direito à liberdade de associação são interdependentes, inter-relacionados e se reforçam mutuamente, e enfatizam o papel que esses direitos podem desempenhar na luta contra todas as formas de intolerância e discriminação baseadas na religião ou crença”.

O Dia Internacional terá como objetivo “homenagear as vítimas e os sobreviventes que muitas vezes permanecem esquecidos”, disse o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Jacek Czaputowicz.

Ele relembrou a onda de ataques nos últimos meses, inclusive em mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, e no alvejamento de cristãos no Sri Lanka durante o domingo de Páscoa.

“Esperamos que isso ajude a combater crimes de ódio e atos de violência relacionados à religião ou crença, e fortaleça ainda mais o diálogo inter-religioso”, assinalou Czaputowicz, ao apresentar a resolução.

EUA e China

Durante a discussão da resolução, os Estados Unidos e a China entraram em choque sobre as críticas de Washington ao tratamento dado por Pequim à minoria muçulmana.

O representante dos EUA no Conselho Econômico e Social da ONU, Austin Smith, disse que na Região Autônoma Uigur de Xinjiang “mais de um milhão de uigures, cazaques, quirguizes e outros membros de grupos minoritários muçulmanos em Xinjiang foram arbitrariamente detidos em campos desde abril de 2017. Há relatos perturbadores de trabalho forçado, tortura e mortes nesses campos”.

“As autoridades chinesas estão restringindo a liberdade religiosa ao rotular práticas religiosas pacíficas como manifestações de ‘extremismo religioso e terrorismo’”, acrescentou.

Smith solicitou aos membros da ONU para que pedissem à China para fechar seus campos e respeitar os direitos de muçulmanos, cristãos, budistas tibetanos e praticantes do Falun Gong.

O delegado da China classificou as alegações dos EUA como infundadas e disse que o que foram descritos como campos eram, de fato, “centros de treinamento vocacional e educacional para ajudar as minorias a aprender habilidades que possam ajudá-las a combater a pobreza”.

Ele ainda fez uma acusação contra os EUA, argumentando que no recente Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, muitos oradores acusaram o governo dos EUA de matar seus próprios povos indígenas, extinguindo suas línguas e oprimindo suas vozes.

*Fonte: Evangelical Focus.

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